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CAF se pronuncia após caso de racismo em amistoso entre Brasil e Tunísia

Torcedores atiraram uma banana no gramado após o gol do atacante Richarlison

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/Sportv

A Confederação Africana de Futebol (CAF) se pronunciou nesta quinta-feira (30) sobre o ato racista que ocorreu no amistoso entre Brasil e Tunísia, na última terça-feira (28), quando torcedores jogaram uma banana no gramado do Parque dos Príncipes, logo após o gol do atacante Richarlison.

Em nota oficial, a CAF repudiou a manifestação e prestou apoio ao brasileiro: "A CAF condena os atos de racismo contra o brasileiro Richarlison durante o amistoso internacional entre Tunísia e Brasil, em Paris, nesta semana. A CAF se solidariza com Richarlison e condena tal comportamento desumano", diz o comunicado.

O ato racista se deu em meio a uma atmosfera de hostilidade no estádio, que recebeu milhares de torcedores da Tunísia, uma comunidade forte na população francesa. No momento da execução do hino nacional brasileiro, por exemplo, foi ouvida uma forte vaia. Em outros momentos, jogadores do Brasil foram vaiados e alvo de xingamentos.

Registros da TV Globo flagraram o momento exato em que a fruta é arremessada no gramado. De acordo com o repórter Guilherme Pereira, ocorreu uma tentativa de identificar o autor do gesto racista, mas, ainda sem sucesso.

O atacante do Tottenham se pronunciou em suas redes sociais, repudiando o ocorrido: "Enquanto ficarem de 'blá blá blá' e não punirem, vai continuar assim, acontecendo todos os dias e por todos os cantos. Sem tempo, irmão! #racismonão".

A Amarelinha ainda havia entrado no campo do Parque dos Príncipes carregando uma faixa antirracista com a seguinte mensagem: "Sem nossos jogadores negros, não teríamos estrelas na nossa camisa".

Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), repudiou o caso em nota e pediu punições "mais severas".

"Mais um vez, venho publicamente manifestar o meu repúdio. Desta vez, vi com os meus olhos. Isso nos choca. É preciso lembrar sempre que somos todos iguais, não importa a cor, raça ou religião. O combate ao racismo não é uma causa, é uma mudança fundamental para varrer esse tipo de crime de todo o planeta. Eu insisto em dizer que as punições precisam ser mais severas".

Além disso, o uniforme dos jogadores ainda tinha uma fita tapando as cinco estrelas, representando as cinco Copas conquistadas, no escudo da CBF.

Na última partida, contra Gana, a Seleção entrou com uma faixa em apoio a Vini Jr, alvo de racismo na Espanha por conta de suas comemorações de gol. A mensagem era: "Celebrar como brasileiro não tem preço".

Leia mais: Após caso de racismo em amistoso da Seleção, CBF e Richarlison se pronunciam

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