Léo Lins é condenado a oito anos de prisão após piadas preconceituosas
Juíza afirmou que liberdade de expressão deve ser exercida com respeito à dignidade humana

Foto: Divulgação
O humorista Leo Lins foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão em regime fechado por promover "discursos preconceituosos contra diversos grupos minoritários" durante uma apresentação compartilhada no Youtube. A Justiça Federal também determinou que o comediante pague uma multa equivalente a 1.170 salários mínimos e uma indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos. Ele pode recorrer da sentença.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o vídeo com comentários que zombavam de diversas minorias chegou à marca de três milhões de visualizações. A decisão foi proferida na última sexta-feira (30).
"Ao longo do show, o réu admitiu o caráter preconceituoso de suas anedotas, demonstrou descaso com a possível reação das vítimas e afirmou estar ciente de que poderia enfrentar problemas judiciais devido ao teor das falas", diz trecho da decisão divulgada pela Justiça.
No vídeo citado pela Justiça, o humorista faz uma série de piadas contra negros, idosos, obesos, soropositivos, homossexuais, povos originários, nordestinos, evangélicos, judeus, além de pessoas com deficiência. Um ano após a postagem, em 2023, quando a Justiça determinou a suspensão do vídeo, o conteúdo já havia sido reproduzido mais de três milhões de vezes.