Eduardo Bolsonaro diz que virar réu no STF é "motivo de orgulho"
Eduardo Bolsonaro diz que virar réu no STF é "motivo de orgulho"

Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro |Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Nesta segunda-feira (17), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu à decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que formou maioria para torná-lo réu por coação no curso do julgamento contra o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na trama golpista. O parlamentar utilizou as redes sociais para criticar a Suprema Corte, afirmando que a denúncia é um “motivo de orgulho”.
“Ser chamado de réu num país onde esta mesma suprema corte, que me processa, solta bandidos é motivo de orgulho”, escreveu Eduardo no X (antigo Twitter). Ainda segundo ele, aqueles que comemoram a decisão são “pobres de espírito”.
Ser chamado de réu num país onde esta mesma suprema corte, que me processa, solta bandidos é motivo de orgulho.
— Eduardo Bolsonaro?? (@BolsonaroSP) November 17, 2025
E os que celebram esta notícia são pobres de espírito, frutos de sua própria ignorância. Que Deus tenha piedade. pic.twitter.com/8ZkJojQpV3
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o Eduardo Bolsonaro de coação no curso do processo, prevista no artigo 344 do Código Penal, crime que envolve o uso de violência ou grave ameaça para interferir em investigações ou ações judiciais. A pena varia de um a quatro anos de reclusão, além de multa, e pode ser ampliada em situações de prática reiterada, o que foi apontado na denúncia.
A análise do caso começou na última sexta-feira (14), em plenário virtual. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, abriu o julgamento e votou a favor do recebimento da denúncia. Segundo Moraes, há “prova da materialidade e indícios razoáveis e suficientes de autoria” atribuídos a Eduardo Bolsonaro.
Flávio Dino e Cristiano Zanin acompanharam o relator, o que consolidou maioria na Primeira Turma para transformar o deputado em réu. O julgamento segue até o dia 25 de novembro, aguardando apenas o voto da ministra Carmen Lúcia.
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