MP pede que famoso youtuber pague quantia milionária por apologia ao nazismo
Órgão alega danos causados pelo alvo da acusação, pela fala de defesa à criação de um partido nazista
Foto: Reprodução
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) entrou com uma ação civil contra o influenciador Monark, cobrando indenização de R$ 4 milhões por ele ter se mostrado a favor da criação de um partido nazista, durante edição do Flow Podcast, em fevereiro de 2022.
Na oportunidade, Monark participava de um debate com os deputados federais Tabata Amaral (PSB) e Kim Kataguri (DEM), no dia 7 de fevereiro de 2022, para mais de 400 mil pessoas. No episódio, em determinado momento, ele soltou a polêmica fala: “A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. Eu sou muito mais louco que todos vocês. Acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido”, comentou Monark.
O pedido de indenização milionária foi apresentada na Justiça Paulista na quinta-feira (21). O promotor Reynaldo Mapelli Júnior, de Direitos Humanos do MPSP, afirma, neste pedido, que Monark fez "expressa defesa da criação de um partido nazista e da possibilidade de se declarar e agir como antijudeu”.
“A criação de um partido nazista representa, em síntese, a criação de um partido político feito para perseguir e exterminar pessoas, notadamente judeus, mas também pessoas com deficiência, LGBTQIAP+ e outras minorias”, registrou. “Os comportamentos antissemitas não podem ser aceitos como meros inconvenientes abrangidos pela liberdade de expressão", concluiu o promotor, que também ressaltou o "contexto de crescimento de células neonazistas no Brasil”, que teria sido estimulado pelo comentário de Monark.