PSOL e CEN protocolam ação na DPU para acelerar tombamento do Abaeté
Dunas e Lagoa do Abaeté se tornaram centro de uma polêmica em torno do projeto de urbanização do local
Foto: Divulgação / Ascom
O PSOL e o Coletivo de Entidades Negras (CEN) entraram com uma representação em caráter de urgência na Defensoria Pública da União (DPU) a fim de acelerar os processos de tombamento da Lagoa e das Dunas do Abaeté.
Os processos estão em tramitação no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e, caso sejam aprovados, impedirá a execução do projeto de urbanização do local, tido como um dos pontos mais frequentados por representantes de religiões de matrizes africanas e indígenas. O grupo, que se reuniu na Defensoria, na ultima terça-feira (22), também quer esclarecimentos sobre a obra por parte da Câmara Municipal de Salvador.
Além do defensor Vladimir Correia, estavam presentes também a presidente estadual do PSOL, Elze Fachinetti, a ambientalista Verinha Mendonça, a coordenadora do CEN, Andrea Millet, e a pré-candidata do PSOL ao Senado, Tâmara Azevedo. Elze ressalta que Abaeté é um lugar que representa a resistência de grupos historicamente oprimidos, como os negros e indígenas.
"O PSOL enquanto um partido de luta jamais irá se calar e cruzar os braços a esse projeto de urbanização que pretende passar por cima do nosso legado cultural. O Abaeté representa a resistência dos negros e indígenas e vamos continuar resistindo", explicou.
Em contato com a imprensa, o pré-candidato do PSOL ao governo da Bahia, Kleber Rosa, justificou a representação: "Nosso objetivo é barrar definitivamente o projeto de urbanização do Abaeté. Local sagrado para os terreiros de candomblé e Patrimônio Material e Imaterial da humanidade. Com o tombamento, a prefeitura de Salvador não poderá executar a obra e iremos preservar a nossa memória, nossa história e nossa ancestralidade", argumenta o cientista social e ativista.