Gusttavo Lima fala pela primeira vez sobre acusação em esquema com bets

O cantor Gusttavo Lima, que é alvo de investigações relacionadas à Operação Integration, que combate a lavagem de dinheiro por meio de casas de apostas online, se pronunciou sobre o caso pela primeira vez nesta quarta-feira (9). O cantor chegou a ter um mandado de prisão expedido pela Justiça de Pernambuco, porém posteriormente o mandado foi revogado enquanto ele estava nos EUA. Em entrevista ao portal Migalhas, o 'embaixador' esteve acompanhado de seus advogados e esclareceu seu envolvimento com a empresa Vai de Bet, garantindo que sua relação foi estritamente comercial, prestando serviços publicitários. Ele afirmou que o contrato foi cumprido em sua totalidade e suspenso assim que a operação teve início.

Gusttavo Lima também aproveitou o espaço e contou sobre a surpresa que teve quando ficou sabendo sobre pedido de prisão, destacando que inclusive, a sua equipe já havia enviado toda a documentação necessária à Justiça de Pernambuco, incluindo contratos e notas fiscais. O cantor ainda relatou que, mesmo durante uma viagem à Grécia, seus advogados colaboraram com a polícia, fornecendo orientações sobre onde encontrar os documentos solicitados em seu escritório.

"Isso é uma grande loucura, essa teoria, esse achismo, de querer me ligar a tudo isso, como se eu fosse dono do negócio. Contratos como esses nós temos outros com diversas empresas [...] investigue, estou à disposição, quebre meu sigilo financeiro, eu não tenho nada a esconder [...] esse tipo de coisa que nunca imaginei na minha vida, lavagem de dinheiro, eu nem sei como lava dinheiro, pois minha vida toda foi fazendo a coisa certa [...] às vezes a gente fica nervoso, porque eu nunca pensei em passar por isso em minha vida, eu sempre andei certo para não passar por isso, aí ver meu nome nisso por causa de um avião que eu vendi para uma empresa investigada", afirmou o cantor.

O artista ainda ressaltou que vê o jogo como uma forma de entretenimento, e não como uma fonte de renda, e defendeu a necessidade de medidas protetivas para garantir a segurança tanto dos apostadores quanto das empresas. "Acho que o Governo tem que tomar uma medida protetiva contra isso, porque estamos falando sobre educação financeira. Eu sempre falei que jogo não é renda, jogo é diversão. A gente deseja realmente que haja uma regulamentação que possa proteger os meios de pagamento, a casa, os apostadores e destinar uma parte boa desses impostos para saúde, para o Brasil", disse ele.