NotíciasSaúdeSua aparência te incomoda ao extremo? talvez seja Disforia Corporal; entenda

Sua aparência te incomoda ao extremo? talvez seja Disforia Corporal; entenda

Condição está atrelada a saúde mental

| Autor: Pérola Achael

Foto: Reprodução

A disforia corporal é uma condição psicológica considerada um transtorno obsessivo-compulsivo caracterizado pela insatisfação extrema e distorcida com a própria aparência. Diferente de preocupações estéticas comuns, a disforia corporal, ou Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), envolve uma percepção exagerada ou imaginária de “defeitos” físicos. 

Esse transtorno pode atingir tanto homens, quanto mulheres nas diversas fases da vida, mas sendo mais corriqueiro na adolescência. Geralmente, indivíduos com TDC fixam-se em características muito específicas da aparência como nariz, pele, cabelo, peso, cintura e acreditam fielmente que esses "defeitos" são monstruosos e visíveis para todos. 

Esse excesso de preocupação leva os pacientes com esse transtorno a terem vergonha, ansiedade, isolamento social, depressão e até, em alguns caso, tentativa de suicídio. 

Sintomas TDC 

  • Baixa auto-estima;
  • Sentimento de vergonha;
  • Demonstrar preocupação excessiva com determinadas partes do corpo;
  • Estar sempre se olhando no espelho ou evitar completamente o espelho;
  • Comparar seu corpo com o de outras pessoas;
  • Dificuldade para se concentrar em outras coisas do dia-a-dia;
  • Fazer atividade física excessiva;
  • Evitar a vida social;
  • Depressão e ansiedade.

Muitas mulheres que possuem a condição, corriqueiramente, utilizam excesso de maquiagem para tentar esconder ou realizam diversas cirurgias plásticas. Já os homens, vale ressaltar, também possui uma alta nos números na procura por procedimentos estéticos. 

Condição e desencadeamentos: 

 O TDC possui uma grande relação com transtornos alimentares, causando a anorexia nervosa, que consiste em problemas para se alimentar e dificuldade para se relacionar com outras pessoas.

Nesse sentido, a condição também está relacionada com a vigorexia, caracterizado pela insatisfação constante do indivíduo com a sua aparência muscular, ou seja, quem possui a doença não acha que os músculos estão grandes o suficiente.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da dismorfia corporal é feito por um psicólogo ou psiquiatra, que avalia como a pessoa fala sobre sua aparência e tenta esconder suas imperfeições. É comum que o indivíduo dedique uma hora ou mais por dia na identificação de seus "defeitos" físicos, podendo, em casos graves, passar de 3 a 8 horas focado nisso. Também são observados comportamentos repetitivos, como trocar de roupa várias vezes ao dia ou maquiar-se constantemente.

Geralmente, o tratamento envolve psicoterapia, especialmente a terapia cognitivo-comportamental (TCC), que combina técnicas para ajudar a pessoa a identificar e mudar padrões de pensamento que geram sofrimento.

Além da terapia, antidepressivos e ansiolíticos podem ser prescritos pelo psiquiatra para diminuir os comportamentos obsessivos ligados à dismorfia corporal.
 

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