"Estão fazendo campanha", diz filho de petista sobre pessoas ligadas a Bolsonaro
Em uma ligação de vídeo, Bolsonaro convidou os irmãos de Arruda para uma coletiva de imprensa em Brasília
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Leonardo Miranda de Arruda, de 26 anos, filho de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT que foi morto em Foz do Iguaçu por um bolsonarista, criticou nesta quarta-feira (13) o uso político do crime pelo entorno do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição nas eleições de outubro.
Na terça, Bolsonaro enviou o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) a Foz do Iguaçu para se encontrar com dois irmãos bolsonaristas de Marcelo.
Em uma ligação de vídeo, Bolsonaro convidou os irmãos para uma coletiva de imprensa em Brasília sob o argumento de que a "imprensa" tentava colocar a morte de Marcelo sob sua responsabilidade. O assassino é o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador declarado de Bolsonaro.
Otoni não se encontrou com a viúva de Marcelo, Pâmela Suellen Silva, nem com Leonardo, filho do primeiro casamento da vítima.
"Não foi feito nenhum contato comigo nem com os demais familiares. Foi feito, sim, um contato com os meus tios, a esposa do meu tio. A princípio era para ser algo mais sigiloso toda essa conversa e ganhou uma proporção muito rápida. [...] Muitas pessoas ligadas ao presidente estão fazendo campanha através disso. Então, no fim das contas a gente só quer paz, que esse ódio todo acabe".
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