NotíciasMundoGoverno Trump estuda sanções contra procurador Paulo Gonet após pedido de condenação de Bolsonaro

Governo Trump estuda sanções contra procurador Paulo Gonet após pedido de condenação de Bolsonaro

Casa Branca avalia aplicar punições com base na Lei Magnitsky; Eduardo Bolsonaro participa das tratativas nos EUA

| Autor: Redação - Varela net
Paulo Gonet

Paulo Gonet |Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

O governo de Donald Trump está discutindo, nesta terça-feira (15), a adoção de possíveis sanções contra o procurador-geral da República do Brasil, Paulo Gonet, após o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-mandatário brasileiro é acusado de liderar uma organização criminosa que planejou um golpe de Estado, com penas que podem chegar a 43 anos de prisão.

Entre as medidas em análise pela Casa Branca, está a aplicação de sanções semelhantes às já cogitadas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As punições seriam executadas com base na Lei Magnitsky e na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, ambas utilizadas pelos Estados Unidos para punir autoridades estrangeiras envolvidas em violações de direitos humanos ou corrupção.

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, está em Washington participando diretamente das articulações políticas com aliados de Trump.

O presidente americano acusa o STF e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de perseguição política contra Bolsonaro. Recentemente, Trump anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, medida que intensificou a tensão diplomática entre os dois países.

Ministros do Supremo ouvidos pela imprensa garantem que a Corte não irá ceder às pressões externas e continuará atuando dentro da legalidade. Em fevereiro, o senador republicano Shane David Jett, aliado de Trump, já havia enviado uma carta a Gonet solicitando esclarecimentos sobre os processos envolvendo Bolsonaro e alertando para a possibilidade de sanções internacionais.

A PGR apontou Bolsonaro como chefe de uma organização criminosa que tentou impedir a posse de Lula após as eleições de 2022, atuando com outros aliados militares e civis para executar um plano golpista.

Tags

Notícias Relacionadas