NotíciasJustiçaUfba alega ter sido notificada sobre caso de cotista na decisão judicial

Ufba alega ter sido notificada sobre caso de cotista na decisão judicial

Candidata negra contesta perda de vaga para docente após liminar determinar nomeação de outra concorrente.

| Autor: Redação

Foto: Reprodução

A Universidade Federal da Bahia (Ufba) se manifestou neste domingo (1º) sobre o caso de Lorena Pinheiro, candidata negra que perdeu a vaga de docente na Faculdade de Medicina por decisão liminar da Justiça. Segundo a Ufba, a decisão judicial que impediu a nomeação de Lorena e determinou a nomeação de Carolina Cincurá Barreto, autora da ação, foi cumprida pela instituição, que afirma ter tomado conhecimento do processo apenas na fase de cumprimento da decisão.

A Ufba destacou que não foi intimada a se manifestar antes da decisão judicial e, por isso, a Pró-Reitoria de Desenvolvimento de Pessoas (PRODEP) preparou documentos para a defesa da universidade, encaminhados à Procuradoria Federal para providências de recurso. O processo está em andamento.

Entenda o caso
No concurso realizado pela Ufba em dezembro de 2023, Lorena Pinheiro Figueiredo, autodeclarada negra, foi a primeira colocada na área de Otorrinolaringologia, mas sua nomeação foi suspensa por decisão liminar favorável a Carolina Cincurá, classificada em primeiro lugar na ampla concorrência. A Justiça argumentou que, como havia apenas uma vaga para o cargo de professora adjunta, a reserva de cotas para negros e deficientes não poderia suprimir a primeira colocação de ampla concorrência.

A Ufba, que cumpre a Lei de Cotas (Lei n. 12.990/2014) desde 2018 em todos os seus concursos, defendeu a aplicação correta da reserva de cotas e ressaltou que segue decisões do Supremo Tribunal Federal que determinam a inclusão de cotistas mesmo em casos com apenas uma vaga disponível.

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