NotíciasJustiçaSTF entra na fase decisiva: como Cármen Lúcia e Zanin podem mudar o julgamento de Bolsonaro

STF entra na fase decisiva: como Cármen Lúcia e Zanin podem mudar o julgamento de Bolsonaro

Decisão dos dois ministros deve definir destino de Bolsonaro e outros réus no processo

| Autor: Bruno Oliveira
STF entra na fase decisiva: como Cármen Lúcia e Zanin podem mudar o julgamento de Bolsonaro

Foto: Divulgação STF

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus no Supremo Tribunal Federal (STF) chegou à reta final após o ministro Luiz Fux votar contra a condenação nesta quarta-feira (10). Agora, as atenções se voltam para os ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que podem definir o destino dos acusados no processo.

O relator do caso, Alexandre de Moraes, foi o primeiro a votar e decidiu pela condenação dos suspeitos sob acusação de tentativa de golpe de Estado e outros crimes correlatos. Flávio Dino, segundo a votar, acompanhou Moraes, mas fez ressalvas à participação de alguns réus.

Nesta quarta-feira (10), em um voto que durou quase 12 horas, o ministro Luiz Fux divergiu do relator, apontando falhas processuais e afirmando que o STF não teria competência para julgar os envolvidos. Ele votou pela absolvição em vários pontos.

Com dois votos favoráveis à condenação, o placar parcial deixa o resultado nas mãos de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Se um deles acompanhar Moraes, o STF forma maioria pela condenação; se ambos seguirem Fux, o cenário pode mudar, abrindo espaço para absolvições parciais ou anulação do processo.

Perfis e tendências de Cármen e Zanin

A ministra Cármen Lúcia costuma adotar posições firmes em defesa da democracia, enquanto Cristiano Zanin, nomeado por Bolsonaro mas com histórico técnico na advocacia, tem votado de maneira variada no STF. As expectativas se dividem sobre qual será a posição de cada um.

O julgamento será retomado nesta quinta-feira (11), às 14h, quando os ministros apresentarão seus votos. A decisão terá impacto direto sobre a elegibilidade de Bolsonaro e o desfecho dos processos relacionados aos atos de 8 de janeiro.

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