Por unanimidade, STF decide manter Braga Netto preso
Manutenção da prisão do general e ex-ministro da Defesa foi decidida nesta sexta-feira

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, nesta sexta-feira (14), manter preso o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa do governo de Jair Bolsonaro. Ele está detido desde 14 de dezembro, acusado de interferir nas investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022.
O julgamento, iniciado na semana passada em plenário virtual - sistema no qual não há discussão dos votos -, contou com a decisão unânime dos ministros que compõem a Primeira Turma: Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia, que votaram a favor da manutenção da prisão do militar.
De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Braga Netto estaria no centro da trama golpista. Ele é acusado de ter entregue dinheiro em uma sacola de vinho para financiar os acampamentos que apoiavam o suposto golpe.
Além disso, o general teria tentado interferir nas investigações sobre o plano, buscando obter informações sigilosas sobre o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. A PGR também aponta que Braga Netto teria participado de ações para financiar militares envolvidos em um plano que incluía o sequestro do ministro Alexandre de Moraes.
O ex-ministro está entre os 34 denunciados pela PGR pela suposta tentativa de golpe de Estado. A Primeira Turma do STF deve analisar no próximo dia 25 se aceita ou não a denúncia contra ele e outras sete pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que seriam considerados os principais integrantes da suposta organização golpista.