Ex-servidora da PM espera perícia há mais de 20 anos para indenização
Contaminação gerou um glaucoma, doença ocular que causa a cegueira a partir do dano no óptico
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Uma servidora aposentada da Polícia Militar, que ficou cega de um dos olhos a partir de uma doença adquirida no trabalho, espera há quase 23 anos que o Tribunal de Justiça da Bahia a conceda uma perícia oftalmológica. O procedimento é necessário para que ela seja indenizada por danos morais.
Maria de Fátima Lordelo tem 62 anos e foi uma das primeiras mulheres a ingressar na corporação, como funcionária civil, na década de 1990. Nesta semana, após questionamentos da imprensa, a Justiça enfim designou um perito oftalmológico para o processo da aposentada.
Segundo o g1 à Justiça qual a explicação para a demora no processo, por que foi necessário tanto tempo de espera pela designação de um perito e por que laudos fornecidos por Maria de Fátima não foram aceitos, mas ainda não obteve respostas.
A jornada da aposentada começou como telefonista, quando ela atuou como atendente do 190, o contato para emergências da Polícia Militar. Entre remanejamentos de local de serviço, a aposentada atuou na Vila Militar Dendezeiros do Bonfim e no extinto batalhão na região da Feira de São Joaquim.
Com o tempo, ela passou a ser secretária e a trabalhar com alguns oficiais de alta patente, além de atuar também arquivo da Polícia Militar e foi nesse ambiente de materiais de escritório acumulados que ela contraiu um fungo, que mudou a vida dela para sempre. Essa contaminação gerou um glaucoma, doença ocular que causa a cegueira a partir do dano no óptico.