Após morte de adolescente, chefe da PM pede reforma no judiciário: "Impunidade"
Cristal Rodrigues Pacheco, de 15 anos, foi assassinada na manhã desta segunda-feira (2)
Foto: Mateus Pereira/GOVBA
Após a morte de Cristal Rodrigues Pacheco, 15 anos, assassinada enquanto se dirigia à escola, no bairro do Campo Grande, na manhã desta segunda-feira (2), o comandante geral da Polícia Militar na Bahia, Coronel Paulo Coutinho, criticou o sistema judiciário brasileiro. Ele considera que criminosos têm agido de forma recorrente, por conta da falta de punições que deveriam ser impostas pela Justiça brasileira.
"O sentimento é de impunidade. O criminoso no Brasil tem agido em virtude de não ter sido responsabilizado quando levado ao judiciário. Isso nós temos que repensar como sociedade civil, e, inclusive, convencer os parlamentares a fazer um novo ordenamento jurídico, para que uma coisa dessa não aconteça. No amanhecer, uma jovem indo para a escola, sendo atacada brutalmente e perder a vida", disse Coutinho.
De acordo com o coronel, as autoridades buscam identificar e prender os autores do homicídio o quanto antes: "O estado através das instituições policiais dará uma resposta o mais rápido possível. Nós temos todo o efetivo empregado na capital e região metropolitana, com o objetivo de lançarmos mão nesses algozes que precisam ser retirados do convívio social".
O comandante ainda comentou sobre o trabalho da Polícia Militar para conter as ações criminosas na cidade. Questionado sobre a semelhança entre os casos de Cristal, a nutricionista Esperança e a idosa Maria Lourdes, Coutinho disse que há um policiamento montado para supervisionar crimes como estes, que aconteceram todos de manhã cedo, entre 6 e 7h.
"Temos um policiamento a partir das 4h da manhã em toda a capital, com objetivo de fazer frente a todas as modalidades criminosas, mas principalmente o assalto ao ônibus, e estamos com uma redução de 28,5% nesse primeiro semestre. Isso deixa bem claro que a ostensividade está bem alta na nossa cidade. Foram fatos locais, em momentos diversos, que tem essa semelhança do horário. Nós temos esse policiamento que a gente chama de 'Amanhecer Seguro', que é uma grande operação com objetivo de levar segurança adicional".