Salvador lidera ranking de capitais mais perigosas para comunidade LGBTQIAPN+
O levantamento foi feito pelo Observatório do Grupo Gay da Bahia
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Salvador é a capital mais perigosa para a comunidade LGBTQIAPN+, com 14 mortes violentas registradas, segundo um estudo do Observatório do Grupo Gay da Bahia (GGB). A cidade lidera o ranking em números absolutos, seguida por São Paulo (13 casos) e Belo Horizonte (7 casos). No entanto, quando analisada proporcionalmente ao número de habitantes, Salvador cai para a quarta posição, atrás de Cuiabá, Palmas e Teresina.
O levantamento do GGB, realizado ao longo de 45 anos, considera dados de notícias de imprensa e denúncias enviadas à ONG, contabilizando homicídios, latrocínios, suicídios e outras causas de morte violenta. A Bahia é o segundo estado mais violento para a comunidade LGBTQIAPN+, responsável por mais de 10,65% dos casos registrados no país.
Um dos casos mais recentes na Bahia foi o assassinato de Neuritânia Pacheco, uma mulher trans de 48 anos, cujo corpo foi encontrado com sinais de apedrejamento. A Polícia Civil ainda investiga o crime, que teria sido motivado por vingança. As autoridades estaduais e federais não forneceram dados específicos sobre mortes violentas de pessoas da comunidade LGBTQIAPN+.