Relatório aponta que avião da VoePass voava em péssimas condições climáticas
A queda do avião gerou 62 mortos
Foto: Secretaria de Segurança de São Paulo/Divulgação
Em relatório realizado pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) do avião ATR-72 da VoePass que caiu na última sexta (9) na cidade de Vinhedo, em São Paulo, mostrou que antes do acidente a tripulação passou por uma zona meteorológica em larga escala crítica pelo tempo de 9 minutos antes do acidente.
A análise mostra que, entre o horário de 13h10 e 13h19, o avião realizou a redução de velocidade para passar por nuvens que estavam com −40 C de temperatura. Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), a partir das 13h21, eles entraram em contato com o avião e não obtiveram respostas semelhantes a relatar as condições de voo.
No horário de 13h22 foi realizado o último registro do avião, onde a altitude do avião era de 1.250 metros, e teve uma queda de aproximadamente 4 mil metros. Porém, somente às 13h26 o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) foi acionado sobre o acidente e também da localização da aeronave. O motivo da queda do avião ainda é estudado pelos órgãos competentes, porém algumas causas estão sendo analisadas, como turbulência, formação de gelo e também a influência de um ciclone extratropical.
Humberto Barbosa, presidente da Lapis, relatou que as condições de voo estavam precárias e existia a possibilidade de a aeronave entrar em condições de formação de gelo. “Havia um sistema frontal, com muita umidade e turbulência, frio extremo e água supercongelada. Essa situação pode levar a aeronave a entrar em condições de formação de gelo”, relatou o presidente.