Governador do Rio entra na mira da Justiça e pode deixar cargo
Decisão ocorreu após megaoperação que ocorreu no Rio de Janeiro

Foto: Fernando Frazão | Agência Brasil
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), está correndo sério risco de ser deposto de seu cargo no Palácio de Guanabara devido a megaoperação que deixou 130 mortos no Complexo do Alemão e na Penha.
O chefe do Executivo ficará de frente com a Justiça na próxima terça-feira (4), quando terá que comparecer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a pedido da presidente Carmen Lúcia, a uma audiência que pode cassar o seu mandato. Na ocasião, o TSE analisará um recurso do Ministério Público Eleitoral (MPE).
A Corte pautou o julgamento na última quarta-feira (29), um dia após a operação mais letal da história fluminense contra a facção criminosa Comando Vermelho. O caso é relatado no TSE pela ministra Isabel Galotti.
Neste mesmo dia, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento de Castro, por suposto uso político da força de segurança pública.
Além disso, o governador do Rio de Janeiro também foi alvo de críticas da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Os parlamentares enviaram um ofício ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, pedindo a prisão preventiva do governador.
MAS POR QUE ELE PODE PERDER O CARGO?
A procuradoria eleitoral recorreu ao TSE para reverter uma decisão do TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) imposta em maio de 2024, que absolveu Cláudio Castro e outros quatro réus por supostas irregularidades na campanha eleitoral de 2022.
Agora, o caso voltou à tona após a operação. O governador foi investigado por contratações suspeitas da Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Segundo o vice-procurador-geral eleitoral, Alexandre Espinosa, Cláudio Castro obteve “vantagem eleitoral” ao contratar servidores temporários sem amparo legal e descentralizar recursos para entidades desvinculadas da administração pública.
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