Síndrome dos Ovários Policísticos: Compreenda a condição e como gerenciá-la
Conheça as causas, sintomas, opções de tratamento e medidas preventivas
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Setembro é o mês dedicado à conscientização sobre a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), um distúrbio hormonal que afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva, de acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). A SOP é um distúrbio hormonal que afeta os ovários, órgãos responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos. Segundo a Dra. Susana Mesquita, ginecologista, "é uma doença caracterizada como uma síndrome, pois envolve diversas alterações metabólicas no corpo envolvendo diversos órgãos que culmina com uma série de sinais e sintomas na mulher." A condição é marcada pela presença de cistos nos ovários e pode impactar a saúde da mulher de forma significativa.
Causas
Ainda não se conhece uma causa específica para a SOP, mas fatores hormonais desempenham um papel importante. Metade das mulheres afetadas apresenta problemas com a produção de insulina, enquanto a outra metade enfrenta desequilíbrios nas glândulas responsáveis pela regulação hormonal. A síndrome é mais comum em mulheres entre 30 e 40 anos.
Sintomas
Os sintomas da SOP são variados e podem incluir irregularidade ou ausência de menstruação, acne e crescimento excessivo de pelos em áreas masculinas, como o rosto e o tórax. Outros sinais incluem dificuldade para emagrecer, alterações na glicemia e aumento do risco de obesidade, hipertensão e diabetes. A Dra. Susana detalha que "os sintomas mais comuns são: irregularidade menstrual e/ou ausência de menstruação, acne, pêlos em excesso pelo corpo e pode apresentar cistos nos ovários."
SOP e Gravidez
A síndrome dos ovários policísticos pode tornar a gravidez mais difícil devido a problemas de ovulação e qualidade dos óvulos, mas é possível que a mulher engravide com SOP. Muitas mulheres conseguem conceber após mudanças no estilo de vida e uso de medicamentos apropriados.
Diagnóstico
O diagnóstico da SOP é realizado por meio de ultrassonografia transvaginal e exames de sangue para avaliar os níveis hormonais. A avaliação dos sintomas também é crucial para confirmar a condição. A combinação desses métodos ajuda a identificar a presença de cistos e outros sinais associados à síndrome.
Tratamento
Medicações e hormônios podem ser utilizados para regular os níveis hormonais e tratar sintomas específicos, mas a especialista ressalta que "O tratamento envolve principalmente mudanças de hábitos e estilo de vida. O foco é o emagrecimento e vida saudável", afirma a Dra. Susana.
Consequências
A longo prazo, a SOP pode ter consequências graves para a saúde. As mulheres com a síndrome têm um risco aumentado de infarto e câncer de endométrio. A mulher com essa síndrome tem 7 vezes mais risco de infarto do que a população em geral e aumento do risco de câncer de endométrio.
Prevenção e Recomendações
Para gerenciar a SOP e prevenir complicações, é fundamental consultar regularmente um ginecologista e realizar exames periódicos. A Dra. Susana recomenda: "não se descuide. Mulheres com ovário policístico correm maior risco de desenvolver problemas cardiovasculares na menopausa." Manter um peso saudável com dietas de baixo teor de carboidratos e praticar atividade física regularmente são essenciais para o controle da condição.