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Setembro Verde: Brasil é o segundo país que mais transplanta órgãos no mundo

Setembro Verde: Brasil é o segundo país que mais transplanta órgãos no mundo

A doação de órgão no país só é permitida coma autorização dos familiares

| Autor: João Victor Soares

Foto: Freepik

O mês de setembro celebra uma importante campanha dedicada a conscientização sobre a doação de órgãos no Brasil. O 'Setembro Verde" busca encorajar a população a considerar a doação e discutir suas intenções com suas famílias. O dia 27 de setembro foi instituído como o Dia Nacional da Doação de Órgãos, pela Lei nº 11.584/2007. No Brasil, a doação só é permitida após a autorização da família.

Na doação de órgãos, o Brasil se destaca mundialmente pelo número de transplantes realizados. O Brasil também e destaque por possuir o maior sistema público de transplantes, permitindo a realização de todos os procedimentos de transplante pelo Sistema único de saúde (SUS).

O Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo e o Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável pelo financiamento de cerca de 95% dos transplantes no País. Em números absolutos, o país é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA.

Autorização familiar

A legislação em vigor determina que a família seja responsável pela decisão de doar ou não os órgãos de seu ente falecido.

Como a doação de órgão no Brasil só é permitida com a autorização familiar, é necessário que o desejo do doador seja indicado ainda em vida para os familiares possam acatar a decisão e permitir a doação.

Segundo pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) a incompreensão da morte encefálica, a falta de preparo da equipe para fazer a comunicação sobre a morte e motivos religiosos são os principais fatores que levam uma família a recusar a doação de órgãos.

Sistema de doação

Os potenciais doadores não vivos são pacientes assistidos em UTI com quadro de morte encefálica, ou seja, morte das células do Sistema Nervoso Central, que determina a interrupção da irrigação sanguínea ao cérebro, incompatível com a vida, irreversível e definitivo.

Na doação de órgãos de pessoas falecidas são obtidos rins, coração, pulmões, pâncreas, fígado, intestino e tecidos como córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias.

Após concluída a doação, a Central de Transplantes do Estado é comunicada e através do registro de lista de espera seleciona seus receptores mais compatíveis entre os pacientes que necessitam de um transplante.

O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) é responsável pela regulamentação, controle e monitoramento do processo doação e transplantes realizados no país, com o objetivo de desenvolver o processo de doação, captação e distribuição de órgãos, tecidos e partes retiradas do corpo humano para fins terapêuticos.

No caso de doador vivo, a pessoa maior de idade e capaz juridicamente pode doar órgãos a seus familiares. Para a doação entre pessoas não aparentadas é exigida autorização judicial prévia.

Entre vivos podem ser doados um dos rins, parte do fígado, parte da medula e parte dos pulmões.

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