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Nomofobia: o medo de ficar sem o celular

Nomofobia: o medo de ficar sem o celular

Entenda os sintomas dessa fobia moderna e descubra formas eficazes de tratamento.

| Autor: Paulo Dourado

Foto: Reprodução/Freepik

A nomofobia, ou o medo irracional de ficar sem o celular, afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, trazendo consequências crônicas para a vida do indivíduo. Veja quais são os principais grupos afetados, os principais sintomas a serem observados e qual prognóstico deve ser tomado para lidar com esse problema.

Em meio a uma criação que tem facilidade com tecnologia, os adolescentes são os mais afetados por essa fobia moderna. Isso é o que diz Silvana Brasil, médica e psiquiatra:  “Os adolescentes são os mais afetados pela falta de celulares”  disse a médica.

Isto acontece, de acordo com ela, por diversos fatores, sendo os principais: a facilidade com a tecnologia que os jovens têm, maior tempo livre, estar em uma fase que existe a dificuldade de autoaceitação, além do “medo da rejeição alheia”.

Os principais sintomas apresentados por pessoas com essa fobia são: a ansiedade e agitação constante quando estão sem o celular; pensar frequentemente que está recebendo notificações e checar o celular; priorizar o uso do celular para construir relações pessoais. 

De acordo com o Dr Amaury Cantilino, associado da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), as pessoas com nomofobia: “ficam online por mais tempo do que o normal, mesmo que tenham problemas relacionados ao uso excessivo; reconhecem que estão exagerando no uso da internet, mas não conseguem parar; ficam irritadas, mal humoradas, deprimidas e inquietas quando tentam interromper ou reduzir o uso da internet”.

Para lidar com essa fobia, há diversos caminhos. Sérgio, um pai de um menino, que não quis ser identificado, usou o controle parental e disse ter sucesso: “aprendemos a estabelecer limites, horário de dormir e tempo de uso de celular”. 

A APB recomenda a psicoterapia como principal prognóstico, podendo até usufruir de usos de medicamentos, dependendo dos casos. Além disso, a associação recomenda uma boa rede de apoio que pode ser tanto família quanto amigos.

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