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Impacto do Burnout na vida profissional; entenda

Impacto do Burnout na vida profissional; entenda

Dor de cabeça, cansaço físico e mental, insônia e fadiga são alguns dos sintomas da Síndrome de Burnout

| Autor: Redação

Foto: Freepik

Nos últimos anos, o termo “burnout” tem ganhado mais notoriedade no discurso público e tem feito parte de uma das preocupações das organizações. Traduzindo do inglês, ‘burn’ quer dizer queima e ‘out’ significa exterior. O Burnout é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma síndrome resultante do estresse crônico do local de trabalho, afetando a saúde física e mental dos indivíduos resultando no comprometimento do seu bem-estar e produtividade.

De acordo com dados da International Stress Management Association (Isma) Brasil, 32% dos trabalhadores do país sofrem com a síndrome de burnout e o Brasil é o segundo país com maior número de pessoas afetadas. Esta síndrome é comum em pessoas que atuam sob pressão e com constantes responsabilidades como professores, policiais, jornalistas, médicos, entre outros profissionais.

O burnout é caracterizado por um estado de extrema exaustão, sendo física ou mental, que é associado a um sentimento de falta de realização e desemparo no ambiente de trabalho. Este fenômeno não surge de um único fator, mas sim da combinação de várias circunstâncias e condições. Entenda algumas causas:

- Sobrecarga de Trabalho
Um dos principais potencializadores do burnout é a sobrecarga de trabalho. Quando os colaboradores têm demandas excessivas e prazos apertados constantemente a sensação de sobrecarga é predominante. A pressão para cumprir metas irreais, a falta de tempo ou condições de trabalho que favoreçam tal cobrança contribuem para a exaustão e estresse crônico do profissional. 

- Falta de Controle
Quando os empregados não têm autonomia para tomar decisões ou influenciar o próprio trabalho a sensação de impotência predomina e recai a desmotivação e desengajamento. Além disso, a falta de controle sobre o ritmo de trabalho e as tarefas a serem desenvolvidas intensificam o estresse a sensação de frustração.

- Reconhecimento insuficiente
A falta de reconhecimento e valorização do profissional, a ausência de feedbacks positivos e o desinteresse por parte da liderança da empresa leva os profissionais a se sentirem desvalorizados no ambiente laboral colaborando para a síndrome de burnout.

- Ausência de suporte
Quando os colaboradores não recebem o suporte necessário e o mínimo de acolhimento por parte da liderança empresarial, causa o sentimento de isolamento e estresse fazendo com que se sintam desemparados e sobrecarregados ao enfrentar desafios e dificuldades do dia a dia

- Ambiente de Trabalho Negativo
Um ambiente de trabalho marcado por conflitos, falta de apoio e falta de organização contribuem para o burnout e aumentam os níveis de insatisfação e estresse dos colaboradores. A extrema competição e comunicação deficiente também colaboram para a síndrome.

Apesar de não ser uma doença que desenvolva os mesmos sintomas em todos os afetados, geralmente o estresse excessivo e o isolamento são características comuns. Normalmente os sintomas surgem sutilmente e pioram com o passar dos dias, assim como pode ser algo passageiro, pode também ser o início do burnout. Os principais sintomas são:

- Cansaço excessivo, físico e mental;
- Dor de cabeça frequente;
- Alterações no apetite;
- Insônia;
- Dificuldades de concentração;
- Sentimentos de fracasso e insegurança;
- Negatividade constante;
- Sentimentos de derrota e desesperança;
- Sentimentos de incompetência;
- Alterações repentinas de humor;
- Isolamento;
- Fadiga.
- Pressão alta.
- Dores musculares.
- Problemas gastrointestinais.
- Alteração nos batimentos cardíacos.

Como já citado anteriormente, o burnout não se manifesta da mesma forma em todos os indivíduos. Reconhecer alguns sinais são fundamentais para a busca de tratamento adequado. O diagnóstico da síndrome é realizado por profissionais como psiquiatras e psicólogos que indicam um tratamento adequado para cada caso.

Amigos e familiares são fundamentais na identificação dos sintomas, bem como, no incentivo a busca de um profissional. No Sistema único de Saúde (SUS), a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) são aptos a oferecerem diagnósticos e tratamentos de forma gratuita, os CAPS são os locais mais indicados para a realização deste tratamento.

O tratamento para o Burnout é feito com medicamentos, se necessário, e com a psicoterapia. Além disso, mudanças nas condições de trabalho e estilo de vida são necessários. A inclusão de atividade física, regularmente, ajuda e fortalece o tratamento. Em caso de piora, o paciente pode desenvolver uma depressão e até mesmo ser internado para tratamento hospitalar.

A melhor forma de prevenir a Síndrome de Burnout é adotar estratégias que diminuam a pressão sofrida no ambiente de trabalho e o estresse desenvolvido. Algumas formas são:
•    Evite o contato com pessoas "negativas", especialmente aquelas que reclamam do trabalho ou dos outros;
•    Defina pequenos objetivos na vida profissional e pessoal;
•    Converse com alguém de confiança sobre o que se está sentindo;
•    Faça atividades físicas regulares;
•    Imponha seus limites.

Identificar os sintomas é o primeiro passo para enfrentar a síndrome e a busca por profissionais adequados ajuda no processo. Além disso, as organizações devem promover ambientes de trabalho favoráveis ao bom desenvolvimento do trabalhador criando uma cultura de reconhecimento e bem-estar.

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