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Ainda distante, sucessão para prefeitura já tem primeiros nomes especulados

Ainda distante, sucessão para prefeitura já tem primeiros nomes especulados

Varela Net traz levantamento com os possíveis candidatos à sucessão de Bruno Reis (União Brasil) na eleição de 2024

| Autor: *Cássio Moreira

Foto: Domingos Júnior/Varela Net/Marcelo Camargo/Agência Brasil/Reginaldo Ipê/CMS/Felipe Oliveira/EC Bahia

Ainda distante, a eleição para a cobiçada Prefeitura de Salvador em 2024 já começa a ter seus possíveis candidatos especulados. Os nomes vão desde o prefeito Bruno Reis (União Brasil), postulante natural à reeleição, ao atual presidente da Câmara Municipal e vice-governador eleito da Bahia, Geraldo Júnior (MDB). Levantamento do Varela Net mostra o início das movimentações dos primeiros políticos apontados como futuros concorrentes ao Palácio Thomé de Souza.

Guilherme Bellintani

Cortejado pelo governador Rui Costa (PT) nas eleições de 2020, o presidente do Esporte Clube Bahia até o fim de 2023, Guilherme Bellintani, não descartou, em entrevista recente, a possibilidade de disputar a sucessão municipal daqui a dois anos. O dirigente, entretanto, disse que seu foco era terminar a gestão no Tricolor.

Em 2019, Bellintani teve o seu nome ventilado pela primeira vez para a prefeitura. Antes disso, ele já havia sido secretário de Cultura e Turismo; Educação e Desenvolvimento Urbano em Salvador. 

No fim do ano, o presidente tricolor tirou oficialmente seu nome da disputa e encerrou as especulações. "Não seria uma saída pela porta da frente, seria pela porta lateral. Não quero isso. Quero entrar na Fonte Nova e que digam a meus filhos que eu entrei na Bahia e fiz o que me comprometi a fazer. É isso e continuarei realizando meu sonho que é ser presidente do Bahia", disse na época. 

Em 2021, Bellintani voltou à cena como possível vice da chapa encabeçada por ACM Neto (União Brasil) na eleição para o governo da Bahia, em outubro deste ano. A queda do Bahia no Brasileirão do último ano esfriou a chance de ocupar o espaço na majoritária do ex-prefeito de Salvador, que optou pela empresária Ana Coelho (Republicanos). 

Geraldo Júnior 

Prestes a deixar a Presidência da Câmara Municipal de Salvador para assumir o cargo de vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB) admitiu que pode tentar a prefeitura na próxima eleição. 

O político recém chegado ao grupo do governador Rui Costa (PT) não escondeu o seu desejo de chegar ao posto mais alto da capital baiana, mas ressaltou que só colocará o seu nome no páreo se houve um consenso da base governista. 

"Hoje, eu tenho uma missão. Ao lado de Jerônimo, nós dois juntos governamos a Bahia. Se em 2024, aquilo que o nosso governo fizer, se for um desejo do meu grupo político e os partidos que compuseram a nossa última eleição, for um desejo da gente disputar em 2024, quem sabe a gente não coloca o nosso nome", afirmou em entrevista ao Jornal da Metrópole, no início do mês. 

Para concorrer a prefeito, Geraldo Júnior não precisará renunciar ao cargo de vice de Jerônimo, mas terá que se licenciar durante o período de campanha. Caso dispute a eleição e vença, o ainda presidente da CMS deixará um vácuo na linha sucessória do aliado petista. 

Uma fonte ouvida pelo Varela Net afirmam que, apesar da boa relação do futuro vice-governador com os servidores municipais, que ficou ainda mais próxima com a atuação para a aprovar o reajuste dos agentes comunitários de saúde e endemias, Geraldo poderia enfrentar resistência dos movimentos sociais, mesmo com o apoio de Rui e Jerônimo. 

João Roma

Ex-ministro da Cidadania e candidato ao governo da Bahia no último pleito, o bolsonarista João Roma pode representar o PL para a disputa do Palácio Thomé de Sousa. O partido do presidente Jair Bolsonaro estuda a possibilidade de ter um candidato próprio, assim como na eleição para a sucessão estadual, para alavancar as candidaturas a vereador, e Roma seria, de acordo a uma pessoa próxima a sigla, o nome cogitado para a missão. 

Em meio aos boatos, também surgiu a especulação de um possível acordo entre Roma e o prefeito Bruno Reis para 'travar' a candidatura do ex-ministro da Cidadania, que envolvia a entrega de uma secretaria municipal ao PL. A aliança foi descartada publicamente por Roma. 

Bruno Reis e o fator 'ACM Neto'

A derrota do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) para o governo da Bahia abriu margem para que o seu nome ganhasse força para tentar um retorno ao Palácio Thomé de Souza quatro após sua saída. Para isso, o atual prefeito, Bruno Reis, teria que abrir mão de sua reeleição.
 
O cenário foi prontamente descartado por Neto, que reafirmou que seu ex-vice será o candidato do grupo político. Na mesma linha do líder políticos, outros aliados cravaram que Bruno será candidato à reeleição. 

Rui Costa descarta candidatura a prefeito

Outro nome cotado com frequência para concorrer a Prefeitura de Salvador, o governador Rui Costa (PT) já deixou claro que não será candidato. 

Em agenda recente no Subúrbio, Rui descartou a ideia e enterrou de vez os rumores criados em torno do seu nome. Na ocasião, o governador, que será chefe da Casa Civil do governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse entender que existem outros novos para representar o bloco governista. Ele citou como exemplo a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB), candidata a prefeita em 2020. 

“Entendo que nós temos nomes que saíram bem da eleição, temos que pensar nomes novos, tenho aqui ao meu lado, Olívia Santana, que foi muito bem votada em Salvador, outros deputados e deputadas foram muito bem votados. Então são lideranças novas, eu acho que tem que se pensar em renovação. Então meu nome não estará colocado", disse Rui, hoje visto por aliados como potencial candidato a presidente da República. 

Diferente de 2020, quando PT e PCdoB tiveram Major Denice e Olívia Santana como candidatas, as duas legendas terão que apresentar um só nome, já que hoje formam uma federação partidária junto com o Partido Verde (PV) até 2026. 

*Sob supervisão do editor Alexandre Santos

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