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PF identifica funcionário comissionado do MEC em esquema de kit robótica

PF identifica funcionário comissionado do MEC em esquema de kit robótica

Fornecedora é uma empresa ligada ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL); ministério diz que afastou servidor que respondia por diretoria

| Autor: Redação

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

A Polícia Federal identificou um funcionário do MEC (Ministério da Educação) suspeito de participar do suposto esquema criminoso de compra de kits de robótica de uma empresa ligada ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Os policiais cumpriram na quinta-feira (1º) mandados de prisão e de busca e apreensão contra investigados no caso.

Um dos alvos da apuração é o funcionário comissionado do MEC Alexsander Moreira. As autoridades identificaram movimentações financeiras suspeitas de R$ 737 mil, sendo parte do valor depositada em espécie, entre outubro de 2021 e novembro de 2022.

O caso teve origem em reportagens da Folha publicadas em abril do ano passado sobre as aquisições em municípios de Alagoas, todas assinadas com uma mesma empresa, a Megalic, pertencente a aliados de Lira. Um dos principais assessores do presidente da Câmara, Luciano Cavalcante foi alvo da operação.

No governo Jair Bolsonaro (PL), o funcionário do MEC Alexsander Moreira era coordenador-geral de Apoio às Redes e Infraestrutura Educacional. A área tem atuação no sistema de transferências de recursos por onde saiu o dinheiro para os kits, o chamado PAR (Plano de Ações Articuladas). Os recursos eram geridos pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), órgão ligado à pasta.

Moreira subiu de cargo no governo Lula (PT). Desde fevereiro, ele responde pela diretoria de Apoio à Gestão Educacional, dentro da Secretaria de Educação Básica do MEC.
 

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