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PF afirma que plano de tentativa de golpe foi impresso no Planalto

PF afirma que plano de tentativa de golpe foi impresso no Planalto

A operação teve início na manhã desta terça-feira (19)

| Autor: Redação

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) revelou nesta terça-feira (19), que o plano golpista elaborado por militares para barrar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi impresso dentro do Palácio do Planalto em novembro de 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro. A operação, que resultou na prisão de cinco militares e teve como principal articulador o general da reserva Mário Fernandes, que, à época, ocupava o cargo de secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República.

A PF encontrou durante a investigação um arquivo de Word intitulado "Punhal Verde e Amarelo", que detalhava um plano de ataque com a intenção de sequestrar ou até assassinar figuras políticas de destaque, como o presidente Lula, o vice Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento, segundo a PF, possui características de um plano terrorista, com detalhes minuciosos sobre a execução da operação, incluindo os meios e recursos necessários, além de prever o risco de mortes, até mesmo de militares envolvidos.

Entre as estratégias descritas no plano, estavam o uso de envenenamento, explosivos e armamento pesado para neutralizar as vítimas. O nível de violência planejado era extremo, com o intuito de eliminar os principais membros da chapa presidencial eleita em 2022, e, assim, frustrar a posse do novo governo. A investigação revelou que o documento foi impresso por Mário Fernandes dentro do Palácio do Planalto em 9 de novembro de 2022 e, em seguida, levado para o Palácio da Alvorada, residência oficial de Bolsonaro.

Embora o ex-presidente não seja formalmente investigado no caso, o envolvimento de um alto funcionário da presidência na elaboração e distribuição do plano gerou grande repercussão. O senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, minimizou a gravidade das intenções descritas no plano, afirmando que "pensar em matar alguém não é crime" e defendendo a criminalização de atos preparatórios para crimes de grande escala, como o que foi planejado pelos militares.

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