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PEC que proíbe aborto no Brasil pode ser votada pela Câmara dos Deputados

PEC que proíbe aborto no Brasil pode ser votada pela Câmara dos Deputados

Projeto criado em 2012, que visa a proibição do aborto, mesmo em casos legais, foi aprovado pela CCJ da Câmara dos Deputados na tarde desta quarta-feira (27).

| Autor: Redação Varela Net

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A CCJ é a principal comissão da Câmara, tendo como função avaliar se as propostas que chegam para discussão estão de acordo com a Constituição e podem tramitar para serem votadas.

A Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ) é presidida pela deputada Caroline de Toni (PL-SC). Entre seus membros titulares, há seis representações da Bahia: os deputados Arthur Oliveira Maia (UNIÃO), Bacelar (PV), Diego Coronel (PSD), João Leão (PP), Neto Carletto (PP) e Paulo Magalhães (PSD).

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), criada pelo ex-deputado Eduardo Cunha em 2012, foi votada pela Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, sendo aprovada por 35 votos a favor e 15 contra.

A PEC visa proibir o aborto no Brasil, mesmo em casos já permitidos legalmente ou por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Ela aborda o conceito de "desde a concepção", conforme o trecho da Constituição que trata dos direitos e garantias fundamentais, e prevê a "inviolabilidade do direito à vida".

Atualmente, o aborto é legalizado apenas em três casos, que só são permitidos após análise médica e, em alguns casos, policial, para garantir a segurança das duas partes envolvidas e prevenir que o aborto seja realizado sem a devida permissão da lei.

Os casos permitidos são:

  • Anencefalia fetal, quando há malformação do cérebro do feto;
  • Gravidez resultante de estupro;
  • Risco de vida para a mãe.

No texto da proposta, o ex-deputado Eduardo Cunha destaca a valorização da vida desde a concepção, garantindo a necessidade de gerar direitos para o indivíduo que está sendo gerado.

"A vida não se inicia com o nascimento, e sim com a concepção. Na medida desse conceito, as garantias da inviolabilidade do direito à vida têm que ser estendidas aos fetos, colocando a discussão na posição em que deve ser colocada", relatou Cunha.

Com a aprovação na CCJ, a Câmara deverá criar uma comissão especial para analisar a proposta. Ela só poderá ser pautada para votação pelo deputado Arthur Lira, atual presidente da Câmara, e será aprovada se obtiver, no mínimo, 308 votos a favor.

Caso seja aprovada, a PEC ainda terá que passar pelo Senado, para que, assim, a proposta entre em vigor na legislação.
 

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