Patrão é suspeito de orientar funcionárias a filmar voto; MPT investiga o caso
No oeste da Bahia, empresário Adelar Eloi Lutz orientou as funcionárias a colocarem o celular no sutiã para filmar voto em Jair Bolsonaro (PL). MPT instaurou inquérito para apurar suposto assédio eleitoral
Foto: Reprodução Redes Sociais/Divulgação
O Ministério Público do Trabalho (MPT) está apurando um caso de suposto assédio eleitoral praticado por empresário do agronegócio no oeste da Bahia.
Adelar Eloi Lutz teria orientado as funcionárias a colocarem “o celular no sutiã” para filmar o voto na urna eletrônica e comprovar, posteriormente, que votaram conforme sua imposição.
O patrão foi exposto por meio de um áudio: "Tinham cinco [funcionários que não concordavam], dois voltaram atrás. Das outras 10 que estavam ajudando na rua, todos tiveram que provar, filmaram nas eleições. Se vira, entrem com o celular no sutiã, que seja, vai filmar, se não, rua", afirmou o apoiador do candidato Jair Bolsonaro (PL).
Nesta quarta-feira (19), Adelar Lutz publicou um vídeo em seu Instagram explicando que o áudio se tratava de uma "brincadeira", o empresário também disse alguns de seus funcionários têm familiares que apoiam o candidato à presidência do partido oposto ao que ele vota.
"Eu tenho gente que está trabalhando aqui que a família toda é PT, eu botei para fora? Eu não, só disse que tem que analisar e tal, mas não por isso, não tem pressão nenhuma". Confira o vídeo: