Greve dos professores: APLB critica a falta de diálogo com a gestão municipal
Mais cedo, prefeito Bruno Reis (União Brasil) fez apelo para que os professores voltem às salas de aula
Foto: Domingos Júnior / Varela Net
O líder da APLB Sindicato dos Professores, professor Rui Oliveira, voltou a criticar, nesta sexta-feira (20), a dificuldade de manter o dialógo com a Prefeitura de Salvador. Os educadores da rede municipal de ensino decretaram estado de greve desde a última quinta-feira (19), reivindicando o reajuste salarial de 33,24%.
Mais cedo, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) fez um apelo para que os professores retomem às atividades e sugeriu que o movimento grevista tem cunho político. Em contato com o Varela Net, Rui Oliveira rebateu as declarações e reforçou que todo movimento, de fato, é político. O professor aproveitou para renovar suas críticas à Prefeitura e à Secretaria de Educação.
"O prefeito deveria saber que todo movimento é política, qualquer movimento é político. Agora, nós estamos denunciando a política educacional na cidade de Salvador. Como é que pode uma Prefeitura que passou dois anos sem ter aula presencial e a Secretaria de Educação reformar 144 escolas? Como é que pode? Esse choque de gestão dele (educação) só prejudica a categoria e prejudica a sociedade. O Ideb, a questão da avaliação básica do ensino fundamental. Qual a política que o secretário e o prefeito tem para diminuir e melhorar esses índices? Nenhuma! Desvaloriza os profissionais da educação, são seis anos sem reajuste. Ele quer o que? 300 cidades na Bahia estão em greve por causa disso, então não é uma coisa localizada, é uma política de valorização do magistério", disse o professor, que ainda afirmou estar aberto a dialogar novamente com a gestão municipal.
"Quanto a fazer apelo, ele pode apelar, porque sempre foi assim. Os professores não vão acreditar no prefeito, vão acreditar com a categoria [...] Por enquanto, não (avanço no diálogo com a Prefeitura). Nós estamos abertos a dialgoar, a hora que o prefeito quiser se sentar na mesa com a direção da APLB e dialogar, pode marcar o dia e a hora", finalizou.
* Sob supervisão do editor Rafael Tiago Nunes