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Bolsonaro rebate acusações sobre a pandemia: "Só não se vacinou quem não quis"

Bolsonaro rebate acusações sobre a pandemia: "Só não se vacinou quem não quis"

Bolsonaro negou demora na compra dos imunizantes contra a Covid-19, durante sabatina no Jornal Nacional, nesta segunda-feira (22). Presidente ainda disse que agiu certo na condução da pandemia

| Autor: Cássio Moreira *

Foto: Reprodução / TV Globo

O presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que tenha cometido erros na condução da pandemia da Covid-19, durante sua participação na sabatina promovida pelo Jornal Nacional, na noite desta segunda-feira (22). Na entrevista, o chefe do poder Executivo Nacional afirmou que "só não se vacinou quem não quis". 

O primeiro imunizante aplicado no Brasil foi da CoronaVac, desenvolvido pelo Instituto Butantan. Segundo Bolsonaro, a demora na compra das vacinas aconteceu pela ausência de maiores informações sobre possíveis efeitos colaterais. Bolsonaro ainda acusou a imprensa de atuar contra os médicos ao contestar a eficácia do tratamento precoce para a doença.

"Nós compramos mais de 500 milhões de doses de vacina. Só não se vacinou quem não quis, eu acho que vocês (Willian Bonner e Renata Vasconcelos) se vacinaram [...] Não poderia eu, em um primeiro momento, falar que devíamos assinar certos contratos, como por exemplo, com a Pfizer, onde a Pfizer não garantia a entrega da vacina. A primeira vacina do mundo foi dada em dezembro de 2020. Em janeiro, nós já estávamos vacinando no Brasil. Então, fizemos a nossa parte, e o grande erro disso tudo foi o trabalho forte da grande mídia, entre eles a Globo, desestimulando os médicos no tratamento precoce, e isso é conhecido como uma liberdade do médico", disse Bolsonaro. 

O presidente também negou que tenha imitado pessoas com falta de ar, um dos sintomas graves da doença. O presidente imitou a situação mais de uma vez durante a pandemia. Sobre a declaração acerca de que quem tomasse a vacina se transformaria em 'jacaré', como metáfora para apontar possíveis efeitos colaterais, Bolsonaro disse que usou apenas uma figura de linguagem. O presidente da República ainda negou que tenha faltado cilindros de oxigênio em Manaus.

"Não houve suspensão da minha parte [...] A Pfizer não apresentou quais seriam os possíveis efeitos colaterais, e eu usei uma figura de linguagem (jacaré). Não é brincadeira, é parte da literatura portuguesa. Brincadeira é a imprensa desautorizar os médicos pela sua liberdade de clinicar [...] Negativo (crise em Manaus). Em menos de 48 horas estavam chegando já cilindros lá em Manaus, foi uma coisa atípica, anormal. Fizemos a nossa parte em Manaus", disparou.

* Sob supervisão do editor Rafael Tiago Nunes

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