Polícia desmonta esquema de produção de crack dentro de presídio em Pernambuco
Investigados recebiam propina para facilitar entrada de itens proibidos e manter laboratório de drogas dentro da unidade prisional
Foto: Reprodução / Tv Globo
A Polícia Federal deflagrou uma operação para desarticular um esquema criminoso operado dentro do Presídio de Igarassu, em Pernambuco. Segundo as investigações, presos e agentes penitenciários atuavam em conjunto para viabilizar a produção e distribuição de drogas dentro da unidade prisional.
De acordo com as apurações, os agentes penais recebiam propina para permitir a entrada de materiais proibidos e garantir o funcionamento de um laboratório clandestino de produção de entorpecentes. O crack era fabricado em um espaço destinado à ressocialização dos detentos, sem qualquer fiscalização adequada do Estado. Para facilitar sua circulação, a droga era escondida em embalagens de refeições, permitindo que chegasse tanto a presos quanto a contatos externos.
As investigações também revelaram que os agentes penitenciários envolvidos recebiam subornos na forma de joias, celulares e vultosas quantias em dinheiro. Entre os suspeitos, Eronildo dos Santos teria utilizado os recursos obtidos ilegalmente para a construção de uma piscina em sua residência.
O então diretor do presídio, Charles Belarmino de Queiroz, é apontado como um dos principais articuladores do esquema. A investigação foi iniciada após a apreensão de um celular pertencente a Lyferson Barbosa da Silva, detento identificado como o líder da operação criminosa dentro da penitenciária. Em vídeos analisados pela polícia, Lyferson aparece gerenciando as atividades ilegais ao longo do tempo.
A operação da Polícia Federal busca responsabilizar os envolvidos e interromper a atuação do grupo criminoso dentro do sistema prisional.