Grupo é denunciado pelo MPF por tráfico internacional de armas na Bahia
Equipamentos eram importadas da Europa e da Turquia para o Paraguai, onde eram revendidas a grupos que faziam a intermediação na fronteira com o Brasil
Foto: Reprodução/Google Maps
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou à justiça Federal nesta terça-feira (19), 28 pessoas que integram um grupo que atua em uma rede de tráfico de armas de fogo da Europa e Turquia para a América do Sul.
As apurações do caso foram realizadas em conjunto pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal da Bahia em uma operação denominada como "Dakovo".
De acordo com as informações, o grupo é acusado de cometer 55 crimes, 25 de tráfico internacional de armas, 29 de lavagem de dinheiro, e organização criminosa com atuação transnacional. Ainda conforme, foram importados cerca de 43 mil armas, que movimentou cerca de R$1,2 bilhão e parte do armamento foi destinado para facções criminosas que atuam em solo brasileiro.
Os equipamentos eram importadas da Europa e da Turquia para o Paraguai, onde eram revendidas a grupos que faziam a intermediação na fronteira com o Brasil, as armas tinham a numeração raspada. As principais facções que eram beneficiadas com o armamento seriam o Primeiro Comando Vermelho (PCC) e o Comando Vermelho.
Durante a operação foram apreendidas 23 pistolas calibre 9 mm com numeração suprimida, 70 carregadores, sendo 27 com prolongadores e 43 sem prolongadores, 2 fuzis calibre 556 mm, com números de série apresentando indícios de adulteração, 6 carregadores de fuzil e 1 munição calibre 9mm. A Polícia Rodoviária Federal realizou o vinculo para ajudar nas investigações que aconteceram em novembro de 2020, na cidade de Vitória da Conquista.
O material era transferido para diversos estados brasileiros como: Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Além de 25 apreensões de armas feitas durante as investigações que apreenderam o armamento que vinha da Europa e da Turquia.
O MPF pediu a justiça, a condenação criminal dos investigados, perda dos bens e dos valores conquistados vindo do crime, confisco e bloqueio dos bens. Outro pedido do orgão, são a condenação dos acusados por danos morais coletivos, a manutenção das prisões preventivas já decretadas e a conversão de prisões temporárias em preventivas de alguns denunciados.