Opositor deixa Venezuela e pede asilo na Espanha em meio a crise política
A saída de Edmundo González e o asilo concedido pela Espanha acirram a crise política na Venezuela
Foto: Redes Sociais
González, líder da Plataforma de Unidade Democrática (PUD), havia se refugiado na embaixada espanhola em Caracas após a eleição presidencial de 28 de julho, onde os resultados foram contestados. A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, declarou que a saída de González foi permitida “em prol da tranquilidade e da paz política” do país, um gesto que, para muitos, parece mais uma tentativa de minimizar a turbulência interna em meio a uma crise prolongada.
A saída de González adiciona um novo elemento à já complexa situação política da Venezuela, que recentemente viu o governo de Nicolás Maduro intensificar sua repressão. Em um desenvolvimento paralelo, o governo venezuelano revogou a autorização do Brasil para representar os interesses argentinos em Caracas, citando alegações de que a embaixada estava sendo usada para atividades subversivas. A decisão gerou um impasse diplomático com o Brasil e a Argentina, que rejeitaram a medida e pediram respeito às Convenções de Viena sobre Relações Diplomáticas.
Enquanto isso, a Argentina e outros países, como os Estados Unidos e a Colômbia, continuam a pressionar o regime de Maduro, exigindo maior transparência e respeito aos direitos humanos. A situação se torna ainda mais tensa com a recente decisão da Argentina de solicitar ao Tribunal Penal Internacional a emissão de um mandado de prisão contra Maduro e outros altos funcionários do governo por suas ações pós-eleitorais.