Juiz nega adiamento de julgamento de Sean “Diddy” Combs por tráfico sexual em Nova York
O caso ficou conhecido após as diversas denuncias contra o rapper
Foto: Reprodução/Redes Sociais
O rapper e produtor musical Sean “Diddy” Combs, teve seu pedido de adiamento do julgamento por tráfico sexual negado nesta sexta-feira (18) pelo juiz federal Arun Subramanian, em Nova York. A defesa, liderada pelos advogados Marc Agnifilo e Teny Geragos, solicitou um atraso de dois meses, alegando dificuldades em preparar a defesa devido à demora na entrega de evidências pelos promotores e à inclusão de duas novas acusações no início de abril. Subramanian, no entanto, manteve o cronograma original, com a seleção do júri marcada para 5 de maio e abertura do julgamento em 12 de maio, afirmando que “não está claro por que não há tempo suficiente para se preparar”. Diddy está detido desde setembro de 2024 no Metropolitan Detention Center, em Brooklyn e enfrenta cinco acusações, incluindo tráfico sexual, transporte para prostituição e conspiração de extorsão.
As acusações, detalhadas em uma denúncia do Ministério Público do Distrito Sul de Nova York, apontam que Combs usou sua influência e empresas, como a Bad Boy Entertainment, para coagir pelo menos três mulheres a participar de atos sexuais, chamados de “Freak Offs”, entre 2004 e 2024. Segundo os promotores, as vítimas eram drogadas com substâncias como ketamina e forçadas a manter relações sexuais, muitas vezes com acompanhantes masculinos, durante dias, em eventos gravados por Combs. Ele teria silenciado as mulheres com promessas de oportunidades profissionais, chantagem e ameaças de violência, incluindo sequestro e agressões físicas. Um vídeo de 2016, obtido pela CNN, que mostra Combs agredindo sua ex-namorada, a cantora Cassie Ventura, é uma das evidências centrais, embora a defesa conteste sua admissibilidade, alegando manipulação.
Combs, que se declarou não culpado em todas as acusações, incluindo as duas novas imputações de 3 de abril, enfrenta também dezenas de ações civis por supostos abusos sexuais, como as movidas pelo advogado Tony Buzbee. A defesa insiste que as relações descritas foram consensuais e acusa o governo de vazar informações, como o vídeo de Cassie, para prejudicar a imagem do rapper, segundo o New York Daily News. O juiz autorizou que algumas vítimas testemunhem sob pseudônimos, como “Victim 3” e “Victim 4”, para proteger suas identidades, enquanto Cassie usará seu nome real, conforme o Lawyer Monthly.