CPI aprova quebra de sigilo bancário de Cauã Reymond e Tatá Werneck
Atores fizeram propaganda, em 2018, para a Atlas Quantum, empresa acusada de dar golpe em investidores
Foto: Reprodução/TV Globo
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Pirâmides Financeiras aprovou a quebra de sigilo bancário dos atores Cauã Raymond e Tatá Werneck, além do apresentador Marcelo Tas. A decisão foi divulgada no site oficial da Câmara dos Deputados após sessão realizada hoje (23).
Advogados de Tatá afirmaram que a atriz foi somente uma prestadora de serviços sem qualquer envolvimento com as atividades e rotina da Atlas. Procurado, Cauã disse que não falaria sobre o assunto. A reportagem ainda aguarda posicionamento de Tas.
Atores são investigados por atuação em propagandas da empresa Atlas Quantum. A CPI também definiu a quebra de sigilo bancário do dono da empresa, Rodrigo Marques dos Santos.
Pedido foi do deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP). "Requer que esta CPI decrete a quebra do sigilo bancário da empresa Atlas Quantum, pertencente à Rodrigo Marques dos Santos, CNPJ Nº 31.049.719/0001-40, e dos contratados, os senhores Cauã Reymond Marques e Marcelo Tristão Athayde de Souza, e a senhora Talita Werneck Arguelhes, assim como o acesso aos contratos e aos dados do pagador relativos às campanhas realizadas."
Artistas foram convocados para a comissão, mas não compareceram em reuniões após conseguirem habeas corpus emitido pelo Supremo Tribunal Federal.
Como Tatá Werneck, Cauã Reymond e Marcelo Tas estão envolvidos?
A Atlas Quantum foi acusada de aplicar golpes de mais de R$ 7 bilhões, lesando cerca de 200 mil investidores — e o próprio Marcelo Tas foi um deles. Enquanto a empresa ainda operava, Tatá, Cauã e Tas participaram de campanhas publicitárias.
Diversos vídeos com Cauã e Tatá continuam disponíveis na página da Atlas Quantum no Facebook. Nas peças, os dois dão depoimentos falando por que acreditavam na empresa e no investimento em criptomoedas.