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"Ele tem direito de ofender": Porchat defende Léo Lins após decisão judicial

"Ele tem direito de ofender": Porchat defende Léo Lins após decisão judicial

Humorista criticou determinação que derrubou apresentação no YouTube

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/TV Globo

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) derrubou o show de humor de Léo Lins no YouTube por apresentar discursos ofensivos às minorias. Por meio do Twitter, Fábio Porchat se pronunciou contra a decisão e defendeu que o humorista tem o "direito de ofender".

"Isso aqui é uma vergonha! Inaceitável", escreveu.

Após ser criticado pelo pronunciamento, Porchat divulgou um texto alegando censura ao conteúdo do colega de profissão.

"Não gosta de uma piada? Não consuma essa piada. Se a piada não incitou o ódio e a violência ela é só uma piada. Tem piada de todos os tipos, de pum e de trocadilho, ácida e bobinha. Tem piada de mau gosto? Tem também. Tem piada agressiva? Opa. Mas aí é só não assistir. Quem foi lá assistir ao Léo Lins adorou. Riram muito. Quem não gostou das piadas são os que não foram. Pronto, assim que tem que ser", afirmou.

"Ah, mas faz piada com minorias… E qual o problema legal? Nenhum. Dentro da lei pode-se fazer piada com tudo, tudo, tudo. Não gostar de uma piada não te dá o direito de impedir ela de existir. Ainda mais previamente. Impedir o comediante de pensar uma piada é loucura. Mesmo que você não goste desse comediante, mesmo que você despreze tudo o que ele diz, ele tem o direito de dizer. Ele tem o direito de ofender", escreveu. 

"Não existe censura do bem. Se cada pessoa que se ofender com uma piada resolver tirar ela do ar não sobra um Joãozinho, um papagaio, um argentino. Pra mim democracia não é um regime pra você defender as suas ideias, mas pra quem você não concorda poder defender as delas. Não confundam 'não gosto dele' com 'ele não pode falar'. Não entrem nessa conversa com a emoção, entrem com a razão", acrescentou Porchat.

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