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Reajustes no diesel podem causar "colapso" no transporte público de Salvador

Reajustes no diesel podem causar "colapso" no transporte público de Salvador

"Se não houver mudanças nessa metodologia, mudanças no sistema, e o barril do petróleo e do álcool continuar aumentando, isso vai impactar diretamente o transporte", disse Fabrizzio Muller, secretário da Semob

| Autor: Millena Marques*

Foto: Domingos Júnior/Varela Net

Os preços da gasolina e do diesel sofreram um novo reajuste no último sábado (18). Com o novo aumento, a gasolina sai das distribuidoras no valor de R$ 4,06 por litro, já o diesel sai de R$5,61 por litro. O reajuste foi anunciado pela Petrobras, na última sexta-feira (17).

Na tarde desta segunda-feira (20), o secretário de Mobilidade de Salvador, Fabrizzio Muller, falou sobre o impacto do reajuste e a possibilidade de "colapso" no sistema de transporte público da capital baiana.

"Não só em Salvador, mas em todo o país. O óleo diesel é o principal insumo do transporte público, é o segundo maior custo. Ele perde apenas para a mão de obra. Ainda é um custo muito importante e, se não houver mudanças nessa metodologia, mudanças no sistema, e o barril do petróleo e do álcool continuar aumentando, isso vai refletir no aumento das bombas, nas distribuidoras, e, em algum momento, isso vai impactar diretamente o transporte", disse.

Fabrizzio ressaltou o papel da prefeitura para que paralisações não ocorressem em Salvador. "A prefeitura tem buscado, desde de 2020, soluções contratuais para manter o sistema ativo. Diferente de outras cidades, nós não tivemos paralisações no nosso sistema de transporte público, justamente pelo esforço da nossa prefeitura", afirmou.

Só em 2022, este é o 12º reajuste de combustível no estado – sendo o nove aumentos e apenas três reduções. Para que não haja risco de paralisação e colapso no sistema de transporte público da cidade, o secretário afirma que mudanças precisam feitas. 

"Existem cidades que já estão limitando a circulação de veículos fora do horário de pico, justamente para reduzir quilometragem e ter um custo menor. A gente espera que soluções sejam buscadas", finalizou Fabrizzio.

 

 

*Sob a supervisão do editor Rafael tiago Nunes

 

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