Praia do Porto da Barra volta a registrar grande número de sombreiros
Nova regra da Semop pode triplicar o preço do kit
Foto: Arisson Marinho/Correio
Uma semana após a restrição da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) com os kits dos ambulantes no Porto da Barra, na orla de Salvador, o local voltou a ser tomado por cadeiras e sombreiros em toda a faixa de areia, nesta segunda-feira (3). Em nota, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) informou que os ambulantes têm o prazo de quinze dias para regularizar seus cadastros. Após o Carnaval, uma nova reunião será realizada para reavaliar as medidas implementadas e discutir possíveis ajustes, buscando atender às necessidades de todas as partes envolvidas.
A Semop enfatizou que, no contexto da Operação Verão, foram estabelecidas medidas como a montagem de sombreiros após às 9h, a instalação de kits apenas na chegada dos clientes e a proibição do uso de garrafas de vidro. Para garantir o cumprimento dessas normas, cinco equipes extras foram deslocadas para intensificar a fiscalização no local, afirma a Semop. Além disso, com a medida da Semop, cada ambulante tem direito a 10 sombreiros e 30 cadeiras e só poderá colocar o kit na areia da praia após pedido dos banhistas. Na praia do Porto da Barra, são 35 ambulantes, o que corresponde a 350 sombreiros e 1.050 cadeiras no total. O preço de um kit com sombreiro e três cadeiras custava uma média de R$50. No entanto, trabalhadores apontaram que o aluguel de cadeiras e sombreiros pode triplicar de preço devido à nova regra.
O caso virou polêmica após viralizar nas redes sociais um vídeo em que um homem alegava que a praia estaria sendo privatizada, por conta da grande quantia de cadeiras postas pelos ambulantes na areia. A polêmica se estendeu com a concordância de diversos banhistas e a reclamação sobre a invasão de barraqueiros na faixa de areia e o pouco espaço deixado para as demais pessoas. Entre as principais reclamações dos banhistas estão a falta de espaço para deitar utilizando cangas, preços cobrados pelos ambulantes e poluição visual. Por causa disso, a Semop intensificou a fiscalização no Porto da Barra. Nas ações, foi identificado o descumprimento das normas e os ambulantes envolvidos foram notificados. Como forma de protesto, os autônomos deixaram a praia sem cadeiras, mesas ou sombreiros no dia 28 de fevereiro. No entanto, na contramão dos ambulantes, banhistas celebraram a atitude, já que antes se viam limitados pelo excesso de equipamentos ocupando o espaço.