Papa Francisco pede que pais não condenem filhos pela orientação sexual

O Papa Franciso pediu, na quarta-feira (26), que os pais não condenem os filhos por conta da orientação sexual, mas que ofereçam apoio a eles. A declaração foi dada em audiência semanal no Vaticano, onde comentou sobre as dificuldades dos pais na criação dos filhos.

"Essas questões incluíam pais que veem diferentes orientações sexuais em seus filhos e como lidar com isso, como acompanhar seus filhos e não se esconder atrás de uma atitude de condenação", afirmou Francisco.

O papa também já defendeu que os casais homossexuais tenham proteções legais no que diz respeito à esfera civil, porém, não dentro da Igreja Católica. Apesar de não poder aceitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a instituição pode apoiar leis de união civil destinadas a dar a eles direitos conjuntos nas áreas de pensões e saúde e questões de herança.

"O cristão tem o dever de amar todas as pessoas e denunciar todo ato que não leva à realização humana de cada um", afirma Papa Francisco.

"O que deveria ser uma denúncia de comportamentos que não realizavam plenamente o ser humano se tornou atos discriminatórios e de desamor para com pessoas concretas, que normalmente precisavam até mais do apoio dos cristãos que as demais. Francisco está empenhado em corrigir essa compreensão equivocada da prática dos valores cristãos", diz.

"As normas vindas de diferentes instâncias da Igreja Católica podem parecer confusas, mas o espírito geral é sempre o mesmo: deve-se fazer o máximo para acolher o homossexual, mas deixar claro que não se considera o ato homossexual construtor da realização plena da pessoa", conclui o sociólogo.

Em 15 de março de 2021, o Vaticano decidiu que a Igreja Católica não pode abençoar a união entre pessoas do mesmo sexo porque Deus "não pode abençoar o pecado". No entanto, segundo o decreto, homossexuais podem ser aceitos e podem receber bênçãos na Igreja Católica.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.