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Bebê morre após receber leite na veia em Salvador; família culpa enfermeira

Bebê morre após receber leite na veia em Salvador; família culpa enfermeira

Maternidade Professor José Maria Magalhães disse lamentar o que chamou de "erro ténico"

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Familiares de Samuel Ricardo Souza Bastos, que morreu aos 2 meses de vida, acusam uma técnica de enfermagem de ter injetado leite na veia do recém-nascido, por meio de um acesso central. O caso aconteceu na segunda-feira (19), na Maternidade Professor José Maria Magalhães Netto, no bairro do Pau Miúdo, em Salvador. 

O bebê recebia medicamentos na veia e se alimentava por meio de sonda. Naiane Rocha, mãe da criança, relatou à TV Bahia que o filho estava internado na unidade havia cerca de um mês,  já que nasceu com cardiopatia.

O menino fez uma cirurgia no Hospital Ana Nery e voltou à maternidade para se recuperar do procedimento cirúrgico. 

Naiane disse ter sido avisada por outra mãe de que o filho estava passando mal. "Eu recebi um telefonema de uma mãe que estava no hospital dizendo: 'Venha correndo que seu filho está passando mal'", disse.

Ao chegar à maternidade, ela diz ter estranhado a situação, já que o filho estava bem quando ela saiu da unidade.

"Cheguei no hospital, a médica mentiu para mim, disse que tinha acontecido pelo problema de saúde dele. Eu sabia que não era, porque sabia da melhora, sabia que não era o coração dele e eu fiquei desesperada", detalhou Naiane.

Ela afirma que, somente na noite de domingo (18), foi informada dentro do hospital que uma técnica de enfermagem havia se confundido e aplicado a alimentação no acesso central da criança, que precisou ser entubada numa UTI.

Em nota, a diretoria da maternidade disse lamentar profundamente o que chamou de "erro técnico" o que levou à morte de Samuel Barros.

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) informou que a maternidade está profundamente consternada com o falecimento do bebê, "sem palavras para expressar todo pesar e tristeza que acomete toda a equipe de profissionais". A instituição também se solidariza e se coloca à disposição dos familiares, para esclarecimentos públicos.

A pasta diz ter instaurado uma sindicância para apurar as circunstâncias técnicas que levaram ao óbito de Samuel e afastou a profissional envolvida no ato. Segundo a Sesab, a funcionária se encontra em "total desolação" por também ser mãe e pelo vínculo formado com o bebê enquanto esteve sob seus cuidados.

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