Ação policial no Rio de Janeiro já soma oito mortos
Policiais buscam prender chefe do tráfico de facção criminosa
Foto: Site Oficial Procurados
Iniciada nesta sexta-feira (11), a operação em conjunto das polícias Militar e Rodoviária Federal deixou oito mortos após intenso confronto, com troca de tiros. As forças policiais cumpriam mandados de prisão contra membros de uma quadrilha de roubo de cargas.
O alvo principal dos policiais era o traficante Adriano Souza de Freitas, o Chico Bento. Indicado pelas autoridades como um dos principais chefes do Comando Vermelho, o criminoso acabou escapando.
"Passou muito perto de ser pego, mas dada a colocação de várias barricadas, a gente teve alguma dificuldades. Ele mais uma vez utilizou esse estratagema de sacrificar jovens, pretos, pobres, favelados, periféricos, ali, com armas nas suas mãos, para que servissem como escudo, para que ele pudesse fugir", disse o tenente-coronel Ivan Blaz em entrevista à TV Globo.
De acordo com Blaz, é uma prática comum dos chefes da facção:
"É um estratagema covarde que esses marginais lideranças dessa fação criminosa utilizam, sacrificando essa juventude, mas ele será preso dentro em breve, estamos no seu encalço".
Uma recompensa de R$ 1,6 mil é oferecida para quem fornecer informações que ajudem na prisão de Chico Bento. As denúncias são realizadas através do Disque-Denúncia.
Foram apreendidas pela polícia; fuzis, granadas, pistolas e ainda 72 quilos de pasta básica de droga.
De acordo com as investigações, o traficante estava na Vila Cruzeiro desde que o Jacarezinho foi ocupado pelo Programa Cidade Integrada, há cerca de um mês atrás. Segundo a polícia, Chico Bento está na Vila Cruzeiro sob proteção de seus seguranças.
A polícia ainda informou que a Vila Cruzeiro é a favela selecionada pelo Comando Vermelho para servir de esconderijo para os traficantes da facção de diferentes pontos do Rio, e até de outros estados do país.
A operação aconteceu uma semana depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter determinado que o governo do Rio de Janeiro adotasse medidas para reduzir a letalidade das ações policiais em comunidades do Rio, dando um prazo de 90 dias para que o estado apresentasse um plano nesse sentido.