"A luta continua", afirmam agentes comunitários em luta por reajuste salarial
Prefeitura fez mais uma proposta que não foi aceita pela categoria
Foto: Domingos Junior/Varela Net
Nesta terça-feira (23), ocorreu mais uma rodada de negociações entre a Prefeitura de Salvador e os agentes comunitários de saúde da cidade. Porém, ainda não houve acordo entre as duas partes.
“Hoje, a gente mais uma vez teve uma decepção enquanto proposta. Pensamos que o prefeito Bruno Reis mandou o secretário Tiago Dantas trazer o que é nosso de direito com todas as gratificações, mas fomos surpreendidos com uma proposta, onde colocamos em assembleia e por unanimidade, 100% da categoria disse não. A luta continua dia 25 de agosto, no Campo Grande, uma grande assembleia”, disse Enádio Pinto, um dos líderes da categoria, que estiveram nesta terça-feira (23) na Câmara Municipal de Salvador.
Questionado pela equipe do Varela Net sobre os valores da nova proposta, Enádio revelou o novo valor do governo.
“A prefeitura aumentou R$ 48 e acabando com o nosso plano de cargos e mais uma vez não abrimos mão do nosso plano, já que abrir mão para receber R$ 48 não é nada”, finalizou.
Recusa da prefeitura
O prefeito Bruno Reis concedeu uma coletiva de imprensa no início de agosto, no Palácio Thomé de Souza, sede da Prefeitura, onde falou sobre o caso.
De acordo com ele, o aumento proposto pela Câmara Municipal de Salvador de 242% resultaria num impacto R$ 310 milhões nas contas. Bruno Reis informou que já negociava com a categoria um reajuste de 72%.
"Antes da Câmara cometer mais uma arbitrariedade, mais uma atrocidade cometida pelo presidente da Câmara, estávamos bem próximos de fechar o acordo. O que a prefeitura tinha colocado na mesa? Uma remuneração de R$3.358,90, isso representava a prefeitura colocar mais R$ 44 milhões-ano, chegar a R$ 121 milhões, enquanto o Governo Federal, que colocava R$ 55 milhões, estava colocando apenas mais R$ 40 milhões. Portanto, eu ia colocar mais que o Governo Federal, que queria e quer pagar o piso justo aos trabalhadores e agentes comunitários de saúde e endemias", pontuou o gestor.
Por outro lado, os agentes de saúde, reclamam que a prefeitura de Salvador não abre espaço para diálogo. "ACM Neto passou na gestão por oito anos e nunca sentou com a nossa categoria. Bruno Reis tem feito o mesmo”, disse Enádio.
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