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Uso da Inteligência Artificial na educação

Uso da Inteligência Artificial na educação

Entenda como essa ferramenta que vem ganhando destaque nos últimos anos e de que forma pode ser utilizada nas escolas

| Autor: Deivide Sena

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O uso da Inteligência Artificial (IA) é um tópico que vem causando muitas discussões e divergências nos últimos anos. Ferramentas como o Chat GPT, LuzIA e Dall-E podem ser utilizadas para otimizar tarefas e facilitar o trabalho. Tais ferramentas estão se tornando cada vez mais presentes nas escolas e universidades. Nesta matéria iremos apresentar maneiras de utilizar a Inteligência Artificial como um auxílio para a educação.

Personalização do ensino, automatização de tarefas e uso em sala de aula

Possibilitar a personalização do ensino é uma das principais vantagens do uso da IA na educação. Plataformas de aprendizado que utilizam a Inteligência Artificial conseguem adaptar o conteúdo com base nas necessidades de cada aluno, o que pode ser útil em classes com muitos alunos. Os sistemas analisam o desempenho do estudante e desenvolvem atividades de acordo com as suas dificuldades.

A IA, se bem treinada, pode ser utilizada para automatizar tarefas administrativas, corrigindo provas e gerando relatórios. Isso pode aliviar a carga horária dos professores e permitir que eles foquem no planejamento das aulas e no acompanhamento dos alunos.

O mestre em Política de Ciência e Tecnologia e doutor em Sociologia, professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, André Lemos utiliza a IA em algumas aulas. “Teve uma ou duas aulas que eu pedi para que os alunos, por exemplo, pesquisassem uma coisa que eu estava falando, o que o chat de GPT falava, definia sobre aquele conceito. Se eu não me engano era plataformização, o que é plataformização? Então, antes de eu explicar o que era plataformização, eu pedia: ‘bota no chat de GPT e veja o que ele diz que é plataformização’. Aí com a resposta a gente discutia. Então, essa é uma maneira interessante de usar em sala de aula, para você poder trazer discussões a partir de uma resposta dada por um sistema de inteligência artificial que faz uma leitura da internet e produz uma resposta específica”, contou.

Mas e os contras?

Apesar das vantagens, o uso da Inteligência Artificial na educação deve ser estudado e supervisionado pelos professores. Lemos aponta que o uso desse recurso pode ser válido se utilizado com cautela. “Claro que não pode ser um subterfúgio para você pedir as coisas prontas e copiar, mas para você usar isso, para se informar e para, a partir daí, produzir uma reflexão, um pensamento sobre um determinado assunto, eu acho que é totalmente válido”, afirma.

Outra preocupação que envolve o uso da IA é o uso excessivo do tempo de tela por crianças e adolescentes. O Governo Federal está preparando para outubro um projeto de lei que visa proibir o uso de celulares nas escolas do Brasil. O motivo da proibição seria os prejuízos do uso dos equipamentos livremente pelos estudantes, como a dificuldade em prestar atenção às aulas e em socializar. O projeto ainda gera divergências entre os deputados federais.

Barrar a Inteligência Artificial é a solução?

As ferramentas de IA vêm se desenvolvendo mais rápido com o passar do tempo e gera opiniões controversas, algumas pessoas defendem que a Inteligência Artificial é prejudicial, pois sentem que não é um dispositivo confiável e pedem o fim dela. Para André Lemos, este não é o caminho. “Barrar a inteligência artificial de uma maneira meramente vulgar, eu diria que é um desserviço à educação. Eu acho que o interessante é a gente saber os limites, até que ponto a gente pode usar, em que lugares eu posso usar, o que eu posso fazer”, apontou e continuou: “Eu acho que o interessante é não se fechar a essa novidade, mas desenvolver sempre um raciocínio crítico em relação a ela”.
 

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