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Conheça o delegado por trás do inquérito contra Deolane e Gusttavo Lima

Conheça o delegado por trás do inquérito contra Deolane e Gusttavo Lima

Paulo Gondim lidera investigações sobre lavagem de dinheiro

| Autor: Redação

Foto: Divulgação/ PCPE

O delegado Paulo Gondim, de 45 anos, é o responsável pela operação que busca responsabilizar a influenciadora Deolane Bezerra e o cantor Gusttavo Lima em um esquema de lavagem de dinheiro relacionado a jogos ilegais. Desde 2008 na Polícia Civil de Pernambuco, Gondim tem se destacado por seu foco em investigações complexas, incluindo tráfico de drogas e corrupção. Recentemente, ele tem se dedicado intensamente à identificação de operações de lavagem de dinheiro.

Gondim mantém uma postura discreta nas redes sociais e raramente concede entrevistas, especialmente sobre a Operação Integration, que visa Deolane e Gusttavo. Com mais de 15 anos de experiência, ele já coordenou diversas operações, como a Operação Cartada Final, que investigou extorsões de presidiários, e a Operação Placement, que investigou a lavagem de dinheiro do jogo do bicho em Pernambuco.

As investigações de Gondim começaram a tomar forma a partir de dados coletados durante a Operação Placement, que expôs conexões entre jogos do bicho e apostas esportivas. O delegado pediu a quebra de sigilo de várias empresas ligadas à Esportes da Sorte, identificando movimentações suspeitas que culminaram em conexões com as famílias de Deolane e Gusttavo Lima.

Em 2019, Gondim publicou um artigo defendendo a decretação de prisões processuais antes das sentenças definitivas, o que gerou polêmica em meio ao contexto atual da investigação. Deolane Bezerra, que passou cerca de 20 dias presa, e Gusttavo Lima, que teve um mandado de prisão suspenso, são alvos da crítica, sendo acusados de "abuso de autoridade" em relação às ações do delegado.

O Ministério Público de Pernambuco, por sua vez, se mostrou cauteloso em relação às alegações apresentadas por Gondim. A promotoria não aceitou a denúncia inicial e solicitou mais diligências, como novas quebras de sigilo e depoimentos de testemunhas, enquanto uma juíza de primeira instância decidiu manter as prisões, decisão posteriormente contestada em instâncias superiores.

Além das controvérsias em torno das prisões, a conduta de Gondim também foi questionada em protestos realizados por advogados da OAB de Pernambuco. Enquanto a investigação prossegue, o delegado não se manifestou publicamente sobre as acusações, e colegas como Romano Costa, coordenador de planejamento da Polícia Civil, defendem sua atuação, sugerindo que a Operação Integration poderia se tornar uma nova "lava jato", potencialmente afetando figuras proeminentes do cenário político e econômico.

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