Anielle Franco conta novos detalhes sobre assédio sofrido por Sílvio Almeida

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, trouxe novos detalhes sobre as denúncias de importunação sexual que afirma ter sofrido do ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, durante uma entrevista à revista Veja. Segundo Anielle, os episódios começaram em 2022, durante a fase de transição de governo, e envolveram toques inapropriados e convites indesejados.

A ministra relata que, inicialmente, não denunciou as atitudes de Almeida por medo de não ser acreditada e por temor de ser julgada, além de carregar a sensação de culpa, um sentimento comum em vítimas de assédio. "Por um tempo, quis acreditar que estava enganada, até entender e cair a ficha sobre o que estava acontecendo", declarou Anielle, que ainda contou que chegou a passar noites sem dormir por conta do impacto psicológico da situação.

Ela afirmou que ficou "paralisada" diante da violência e se sentiu vulnerável, apesar de toda a sua experiência anterior em acolher mulheres vítimas de violência. A ministra também refletiu sobre como, mesmo quem já enfrentou situações similares, nem sempre está preparada para reagir quando passa por isso pessoalmente.

Desde que as acusações vieram a público, Silvio Almeida negou todas as alegações, que resultaram em sua demissão do governo Lula.