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Bahia decreta emergência zoossanitária para gripe aviária H5N1

Até o momento, estado contabiliza três casos da doença que afeta aves silvestres

| Autor: Redação

Foto: Imagem ilustrativa/Marcos Prinz

O governo da Bahia decretou neste sábado (22) estado de emergência zoossanitária para gripe aviária H5N1, que tem afetado aves silvestres migratórias e de subsistência em alguns estados do Brasil. A medida, publicada em Diário Oficial, é resultado de um acordo nacional entre o Ministério da Agricultura e da Pecuária (Mapa) e os 27 governadores de Estado. O objetivo é controlar a transmissão sanitária que ocorre no país. 

Segundo análises divulgadas pelo Ministério da Saúde, o vírus não infecta humanos com facilidade e, em ocorrências registradas em outros países, a transmissão de pessoa para pessoa não foi sustentada. Para haver contaminação é necessário um contato muito próximo entre o animal e o ser humano. Por isso, as autoridades alertam que a população não devem manipular aves encontradas mortas ou debilitadas.

O governador Jerônimo Rodrigues explicou que o decreto é um pacto coletivo que visa ações preventivas para o controle da doença. Para ele, a memdida minimiza eventuais efeitos na economia regional e nas relações com o comércio internacional. “Essa ação articulada entre os estados e o governo federal é um jeito de mostrar nossa responsabilidade com a produção de aves e respeito aos grandes produtores. Mas, também, à produção em pequena escala, que vai desde o produtor de quintal a uma granja de menor porte. Ou seja, ao sistema da produção de alimentos e à economia nacional”, disse o governador.

Rota migratória de aves silvestres

A Bahia também faz parte de uma das principais rotas migratórias de aves silvestres que atravessam o continente. A Rota Nordeste Atlântica tem Mangue Seco, Baía de Todos-os-Santos, Cacha-Prego, Baía de Camamu, Barra Velha, Ilha da Coroa Vermelha, Corumbau e Ponta do Curral como lugares de agregação de aves. O primeiro caso registrado, no entanto, foi no Espírito Santo, em maio. Na Bahia, a primeira contaminação foi notificada no dia 17 de junho. Até o momento, mais três casos foram registrados. Todos em aves silvestres nas cidades de Caravelas (1), Alcobaça (1), Prado (1) e Porto Seguro (1). 

De acordo com informações do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), desde o primeiro caso no país, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e o Mapa intensificaram a vigilância e o monitoramento das aves no estado. A Sesab, através da Vigilância Sanitária e da Cievs, também tem acompanhado as pessoas expostas às aves, fazendo testagem. 

Para apoiar os estados, o Mapavai disponibilizar um recurso de R$ 200 milhões no controle e combate da Influenza Aviária. Uma portaria também foi publicada e já está sendo usada para orientar os gestores sobre os trabalhos que estão sendo realizados, a partir de agora, para erradicação da doença.
 

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