Lula realiza críticas a greve dos professores federais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas contundentes ao prolongamento da greve dos professores e técnicos das universidades e institutos federais, durante uma reunião pública com reitores dessas instituições, realizada no Palácio do Planalto nesta segunda (1). Lula afirmou que o montante de recursos negociados com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) para recompor os salários dos docentes e servidores è “não recusável”. 

Segundo Lula, a ministra do MGI, Esther Dweck, disponibilizou um montante de recursos que não pode ser ignorado. Ele destacou a importância de considerar essa oferta, pois os alunos estão à espera de voltar à sala de aula. 

O presidente também anunciou a destinação de R$ 5,5 bilhões em recursos do Ministério da Educação (MEC) para obras e custeio do ensino técnico e superior, além da construção de dez novos campi de universidades e oito novos hospitais universitários federais.

Lula ressaltou que a greve tem tempo para começar e também para terminar, e instou as lideranças sindicais a terem coragem de encerrá-la. Ele argumentou que uma greve não deve terminar por inanição, pois isso pode desmoralizar as pessoas. O ex-presidente, que também foi líder sindical, lembrou sua própria experiência e a importância de negociar de forma a encontrar soluções viáveis.

O prolongamento da greve, segundo Lula, não se justifica por questões salariais mínimas. Ele exortou os grevistas a considerarem outros benefícios oferecidos e enfatizou que, em sua experiência sindical, ele próprio ficou muitas vezes sem ganhos após longas negociações.

A greve dos professores e servidores afeta cerca de 60 universidades federais e mais de 39 institutos federais de ensino básico, profissional e tecnológico desde o dia 15 de abril. Os grevistas demandam, entre outras medidas, a recomposição salarial em 4,5% ainda este ano.