Lula fala sobre fome e defende mulheres: "É esse país que a gente quer mudar"
Candidato do PT à Presidência da República concedeu entrevista no teatro Vila Velha, em Salvador
Foto: Domingos Júnior/Varela Net
O ex-presidente e candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), concedeu entrevista coletiva no teatro Vila Vela, no bairro do Campo Grande, em Salvador (BA).
O petista agradeceu a diversas lideranças políticas do partido e aliados, enalteceu nomes como o candidato ao governo da Bahia, Jerônimo Rodrigues, o atual governador do estado, Rui Costa (PT), o candidato do PSOL à governador no primeiro turno, Kléber Rosa, e outros.
Na sequência, realizou um grande discurso sobre fome, respeito as mulheres e lamentou que diversos brasileiros não puderam ter um Dia das Crianças digno, por conta da pobreza. Lula diz que "é esse país que a gente quer mudar".
"Eu fico imaginando o quanto as crianças não tiveram uma comida com as proteínas e as calorias necessárias pra almoçar. Eu fico imaginando quantas crianças vão dormir no dia das crianças sem ter o alimento necessário para comer. Não vou nem dizer presente, quantos milhões de crianças hoje no dia da criança, apesar de ter tanta propaganda na televisão, apesar de ter tanto filme na televisão, tantos milhões de crianças vão passar o dia das crianças sem receber uma única lembrança porque o pai e a mãe não podem dar. É esse país que a gente quer mudar. Eu sempre digo que as pessoas não querem muito, as pessoas querem o suficiente pra viver com decência. As pessoas querem ter o direito de morar, afinal de contas todo mundo tem direito de ter um teto pra não pegar sol e pegar chuva. As pessoas querem ter direito de tomar café, almoçar e jantar todo dia, as pessoas querem ter um emprego e esse emprego seja pago com salário razoável, que permita levar o alimento pra casa", indicou.
"As nossas mulheres já querem, e com muita razão porque está na contribuição e falta só regulamentar, receber o mesmo salário quando fazem o trabalho igual ao de um homem. E que foi aprovado em 1988 na constituição, mas não foi regulamentado. Já tem uma regulamentação que foi pro Senado, agora tá na Câmara, é preciso que a gente de uma vez por todas entenda de que a mulher não é objeto, de que a mulher não é um serviço de segunda categoria, e de que ela tem direito de ser tratada com a decência suficiente, porque a mulher ela tem culpa sabe? Ela tem muitas funções que muitas vezes a gente não compreende muitas vezes", completou.
Sob supevisão do editor Rafael Tiago Nunes*