NotíciasPolíticaJornal diz que Sergio Moro recebeu R$ 200 mil por parecer contra a Vale

Jornal diz que Sergio Moro recebeu R$ 200 mil por parecer contra a Vale

Menos de um mês após o parecer, ex-juiz foi contratado sócio-diretor pela empresa Alvarez & Marsal

| Autor: Redação

Foto: Rodrigues Pozzebon/Agência Brasil

De acordo com matéria do jornal Folha de S. Paulo, o ex-juiz Sérgio Moro recebeu cerca de R$ 200 mil por um parecer contra a Vale, quando atuou junto  à Alvarez & Marsal. Segundo aapuração do periódico, o documento de 54 páginas foi emitido em novembro de 2020, em resposta a uma consulta do empresário israelense Beny Steinmetz, pivô de um litígio internacional bilionário com a mineradora brasileira. 

Com conclusão contrária à Vale e favorável aos interesses do israelense, o trabalho veio à tona dias depois que ele encerrou o período de quarentena de seis meses exigida por conta da participação como ministro no governo Bolsonaro.

Menos de um mês após o parecer contra a Vale, Moro foi contratado sócio-diretor pela empresa de consultoria Alvarez & Marsal, responsável pelo processo de recuperação judicial de investigados da Lava-Jato. Lá, o ex-juiz atuou na área de disputas e investigações.

Conforme publicado pela Folha, o parecer emitido pelo ex-magistrado para Beny Steinmetz envolve um caso no qual a mineradora tenta receber uma indenização bilionária por causa do fracasso de joint venture com o israelense para a exploração de uma das maiores minas de minério do mundo, de Simandou, na República da Guiné, na África Ocidental.

Redigido em papel timbrado da Wolff Moro Sociedade de Advocacia, escritório em que Moro mantém com a esposa, o documento aponta a tese de que os executivos da Vale teriam prestado informações falsas e ocultado dos acionistas e do mercado as reais condições do negócio fechado com Steinmetz.

Em ressalva, o ex-juiz diz que as conclusões dependem da confirmação dos fatos apresentados pelo empresário na consulta, através de investigações, e caso “não sejam apresentadas escusas idôneas pelos investigados”.

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