Gleisi Hoffman ironiza Costa Neto após questionamento sobre segurança das urnas
Presidente do PT disse para o partido do presidente Jair Bolsonaro "aceitar que dói menos"
Foto: Divulgação/Câmara de deputados
Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), ironizou às declarações de Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), sobre pedir invalidação de votos nas urnas fabricadas até 2020. Hoffmann disse para a sigla do presidente Jair Bolsonaro "aceitar que dói menos".
"PL continua fazendo bolsonarices. Agora querem anular 250 mil urnas pra mudar o resultado das eleições. Dizem q tem problemas desde antes de 2020. Só agora resolveram pedir providências?! Jogaram, perderam. Aceitem q dói menos", reagiu a deputada federal no Twitter.
PL continua fazendo bolsonarices. Agora querem anular 250 mil urnas pra mudar o resultado das eleições. Dizem q tem problemas desde antes de 2020
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) November 19, 2022
Só agora resolveram pedir providências?! Jogaram, perderam. Aceitem q dói menos
A segurança das urnas já foi assegurada pelo Tribunal de Contas da União e pelas Forças Armadas. Três missões internacionais de observação eleitoral também soltaram relatórios atestando a segurança das urnas eletrônicas, após o primeiro turno. Não há nenhum indício de fraude ou problema técnico no sistema de votação brasileiro.
Ainda assim, Valdemar afirmou que o PL vai acionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar invalidar votos registrados em urnas produzidas até 2020.
"Pelo estudo que nós fizemos, tem várias urnas que não podem ser consideradas", disse ele neste sábado (19), em um vídeo divulgado nas redes sociais. Ele repetiu o mesmo discurso feito em agendas pelo interior de São Paulo, em Ribeirão Pires, acompanhado do senador eleito Marcos Pontes.
Valdemar ainda disse que o PL vai propor essa análise ao TSE até a próxima terça-feira (22). Ele afirmou que as urnas inválidas seriam as que foram produzidas até o ano de 2020, que supostamente teriam o mesmo número de patrimônio, o que, segundo ele, inviabilizaria uma fiscalização de cada urna.
O dirigente partidário chegou a dizer que teria conversado sobre isso com o juiz Sandro Nunes Vieira, que atuou no TSE e foi juiz auxiliar da presidência da corte até agosto. O juiz negou ter tido essa conversa em uma nota divulgada neste domingo (20).
"No dia 19.11.2022 fui informado pela equipe de comunicação do TSE que meu nome havia sido citado pelo Presidente do Partido Liberal, Sr. Valdemar Costa Neto, no contexto de que teria falado comigo sobre eventuais irregularidades nas urnas eletrônicas", diz a nota do juiz. "Sobre o tema, venho esclarecer que nunca tive contato pessoal com o Presidente do Partido Liberal. Como Juiz, não emito opiniões públicas ou juízos de valor sobre processos de conotação política".