Em reunião com embaixadores, Bolsonaro volta a atacar sistema eleitoral
O chefe do Executivo fez acusações sobre a segurança e a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro

Foto: Carolina Antunes/PR
Nesta segunda-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com embaixadores para, sem provas, voltar a fazer ataques às urnas eletrônicas e colocar em dúvida o processo eleitoral brasileiro.
O chefe do Executivo fez acusações sobre a segurança e a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro, além de criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em evento no Paraná logo depois, o presidente do TSE, Edson Fachin, fez um discurso e, sem citar nomes, pediu um 'basta à desinformação e ao populismo autoritário'.
“Quando se fala em eleições, vem à nossa cabeça transparência. E o senhor Barroso (Luís Roberto Barroso, ex-presidente do TSE), também como senhor Edson Fachin (presidente do TSE), começaram a andar pelo mundo me criticando, como se eu estivesse preparando um golpe. É exatamente o contrário o que está acontecendo — afirmou Bolsonaro. — Não é o TSE que conta os votos, é uma empresa terceirizada. Acho que nem precisava continuar essa explanação aqui. Nós queremos obviamente, estamos lutando para apresentar uma saída para isso tudo. Nós queremos confiança e transparência no sistema eleitoral brasileiro”, disse o presidente.
Ao contrário do que o presidente disse, a contagem de votos é feita pelo próprio TSE.
Bolsonaro decidiu se encontrar com embaixadores depois que o ministro Edson Fachin fez uma reunião com algumas representações e, segundo o presidente, ter atacado a Presidência da República de forma indireta.