NotíciasPolíticaCorte da ONU não fala em cessar fogo, mais pede que Israel evite genocídio

Corte da ONU não fala em cessar fogo, mais pede que Israel evite genocídio

Os 17 juízes da CIJ, também pediram a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas

| Autor: Matheus da Hora

Foto: ONU/Divulgação

Os Juízes da Corte Internacional de Justiça (CIJ) determinaram na tarde desta sexta-feira (26) que Israel tome as medidas em seu poder para evitar atos que podem ser considerados genocídio em Gaza e pediram a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas.

Todos os 17 juízes, não acataram o pedido da África do Sul para um cessar-fogo imediato em Gaza.

A corte determinou algumas medidas provisórias. Entre as principais decisões, Estão elas:

1. Israel deve tomar todas as medidas possíveis para prevenir quaisquer atos que possam ser considerados de genocídio, entre os quais matar membros de um grupo étnico, causar danos corporais, infligir condições destinadas a provocar a destruição do grupo ou impedir nascimentos;

2. Israel deve garantir que os seus militares não cometam quaisquer atos considerados de genocídio;

3. Israel deve prevenir e punir quaisquer comentários públicos que possam ser considerados incitamento ao genocídio em Gaza;

4. Israel deve tomar medidas para garantir o acesso à ajuda humanitária em Gaza;

5. Israel deve impedir qualquer destruição de provas que possam ser utilizadas em um caso de genocídio;

6. Israel deve apresentar um relatório ao tribunal no prazo de um mês após esta ordem ser dada.

As medidas exigidas na decisão desta sexta se destinam a garantir que, embora os juízes ainda estejam analisando a acusação fundamental da África do Sul contra Israel, os palestinos de Gaza se beneficiem de alguma medida de proteção.

O tribunal também expressou grande preocupação com os destinos dos reféns mantidos em cativeiro.

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